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Na Ribeira de Santarém ninguém salva as casas nem as igrejas

Na Ribeira de Santarém ninguém salva as casas nem as igrejas

Li, na segunda-feira, 20 de Janeiro, uma notícia sobre o corte do trânsito na Ponte D. Luís I devido à demolição de mais uma casa em ruínas na Ribeira de Santarém e lembrei-me dos mil e um planos de reabilitação urbana daquela terra, dos solenes anúncios da retirada da linha ferroviária do norte de lá através da construção de uma outra linha a norte de Santarém e das inúmeras declarações de amor às igrejas de Santa Iria e de Santa Cruz.
Passam anos, passam décadas e o património da Ribeira de Santarém vai, paulatinamente, desabando ou sendo demolido para não desabar, perante a incapacidade, seja de quem for, de salvar o que quer que seja. As duas igrejas estão fechadas há anos e anos, à espera de obras que não chegam e que podem vir a chegar tarde demais. Na altura da breve passagem do Padre Vicente pela paróquia, lembro-me que foram retirados os azulejos e outros objectos da igreja de Santa Cruz e espero que estejam guardados. Depois disso não ouvi mais nada.
Sobre a de Santa Iria, fechada há mais de vinte anos, houve, em 2018, uma fotografia da assinatura de um protocolo entre a Câmara de Santarém e a Diocese mas depois nada. Apenas o silêncio em que são sepultados os assuntos incómodos.
Mário Cordeiro

Na Ribeira de Santarém ninguém salva as casas nem as igrejas

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