José Veiga Maltez foi presidente da Câmara Municipal da Golegã entre 1997 e 2013. A sua superioridade eleitoral foi tanta que no último mandato a oposição nem sequer conseguiu estar representada no executivo.
Impedido de se recandidatar ao cargo, devido à lei de limitação de mandatos, candidatou-se à assembleia municipal e foi presidente daquele órgão autárquico, entre 2013 e 2017. Nesse ano voltou a candidatar-se a presidente da câmara e venceu as eleições sem surpresa.
O segredo da sua popularidade é estar entre os goleganenses que mais orgulho têm na Golegã e ser o que mais trabalha para cimentar a auto-estima das gentes da terra através da concretização de tudo o que possa contribuir para isso.
Numa entrevista a O MIRANTE, em 2008, disse que a Golegã não queria ser uma pequena cidade ou uma má cidade, mas sim uma grande e boa vila. “Num mundo globalizado e uniformizado queremos manter as nossas características. Preservar a diferença”.
Veiga Maltez é genuíno. É daquelas pessoas que tanto está bem em palácios como em casebres. Que tanto interage com poderosos como humildes, sem que para isso tenha que mudar de roupa, de postura ou de discurso.
Aos que o acusam de gerir o concelho como se fosse uma quinta sua, responde-lhes com elegância. “Acho interessante dizerem isso porque eu, efectivamente, trato o concelho da Golegã como se fosse a minha própria casa. Com dedicação e entrega. Dou atenção aos recantos. Aos pormenores”.
Nos muitos anos de autarca resolveu problemas como o do excesso de nitratos na água da rede pública, melhorou o parque escolar e desportivo, introduziu o hipismo como actividade de complemento curricular e criou um picadeiro público coberto. Conseguiu apoio para recuperar a Casa-Estúdio Carlos Relvas e consolidou a Golegã como “Capital do Cavalo” com a construção de infra-estruturas, como o Centro de Alto Rendimento de Hipismo ou o Equuspolis (centro de interpretação do cavalo).
Paralelamente modernizou a Feira de S. Martinho/Feira Nacional do Cavalo e acrescentou vários outros eventos ao calendário de actividades, como a ExpoÉgua.
No entanto a sua maior obra foi feita de pequenas obras que melhoraram as condições de vida dos goleganenses e lhes restituíram a auto-estima e o orgulho de pertencerem a uma Golegã que alia o tradicional ao moderno e que voltou a ter o brilho de uma terra ilustre e com história.