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Oito anos de prisão por agredir avó a murro e pontapé deixando-a como morta

Idosa na altura com 81 anos não imaginava que iria ficar num estado vegetativo quando abriu a porta de casa, perto da GNR de Santarém, ao neto. O condenado agrediu ainda uma vizinha que tinha ido em auxílio da vítima.


O jovem de 25 anos que agrediu a avó a murro e pontapé, na casa dela, em Santarém, e uma vizinha que foi em seu socorro, foi condenado a uma pena de prisão de oito anos. O arguido, que já estava em prisão preventiva, foi ainda condenado a pagar cerca de 35.200 euros de tratamentos ao Hospital de Santarém e ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa. Por causa das agressões graves, sem motivos, a idosa, na altura com 81 anos, ficou com lesões cerebrais, acamada e totalmente dependente, vindo a falecer sete meses depois na Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Santarém.
Na altura das agressões, Julieta Figueiredo, além da idade avançada, tinha uma saúde frágil, sofrendo de problemas cardíacos e de diabetes, segundo consta da decisão do Tribunal de Santarém. As agressões não tiveram qualquer motivo aparente, pelo que consta do acórdão judicial. O jovem entrou na casa da avó paterna, perto das instalações da GNR de Santarém, e atirou-se para cima da cama, onde a idosa tinha roupa engomada. A idosa pediu ao neto que saísse de cima da cama para não amarrotar a roupa. Este levantou-se e “inopinadamente” dirigiu-se à vítima e desferiu-lhe vários murros e pontapés que acertaram na cabeça e tronco, segundo consta dos factos provados em julgamento.
Com a avó já a sangrar da cabeça, Rui Rodrigues ainda a ameaçou de morte. Ao ouvir a confusão, uma vizinha foi bater à porta de Julieta e assim que a porta se abriu foi agredida com um murro no olho, tendo caído ao chão. Sem se conseguir levantar e defender, a vizinha foi ainda atingida com murros e pontapés em várias partes do corpo e as agressões só pararam quando esta gritou por ajuda do marido, que se encontrava em casa. Nessa altura o arguido fugiu do local deixando as vítimas sem auxílio.
O caso remonta a 11 de Outubro de 2018, pelas 00h40, tendo a idosa sido internada nessa madrugada, pelas 01h16, no Hospital de Santarém. No dia seguinte teve de ser transferida para o Hospital de S. José, devido ao agravamento do estado de saúde, em virtude das lesões, regressando um mês depois ao Hospital de Santarém. No início de Janeiro de 2019 foi colocada na unidade de cuidados continuados, paralisada do lado direito do corpo e incapaz de ouvir, falar e mexer os braços.
Segundo o acórdão, o jovem já tinha um comportamento violento, o que impulsionou a sua saída de casa dos pais, e fora condenado por três vezes por ofensas à integridade física. Esse comportamento era impulsionado pelo consumo de bebidas alcoólicas. Para o tribunal a sua personalidade e carácter são de “potencial perigosidade violenta”.

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