José Cruz, pai de Francisco Cruz, o jovem de 30 anos que continua desaparecido desde a madrugada de 22 de Dezembro, diz que não entende os motivos que, supostamente, levaram o filho a “tomar uma atitude dessas”. Crente que o filho ter-se-á atirado ao rio Tejo, José Cruz, proprietário do Café Cruz, no Frade de Baixo, concelho de Alpiarça, disse a O MIRANTE que nunca pensou que um jovem “com tanta alegria de viver” pudesse cometer tal acto.
“Ainda nem estou em mim”, afirmou várias vezes. Poucas são as palavras que consegue proferir sobre o assunto e lamenta pela neta, com cinco anos de idade, que ficará sem a presença do pai. José Cruz disse ainda que não foi encontrada nenhuma carta ou alerta deixado pelo filho. “Nunca falou em nenhum problema que estivesse a atravessar que pudesse justificar isto”, referiu.
Recorde-se que Francisco Cruz está desaparecido desde a madrugada de 22 de Dezembro depois do seu carro ter sido encontrado a meio do tabuleiro da ponte D. Luís, pela 01h39, em Santarém.
As buscas no Rio Tejo foram iniciadas ainda nessa madrugada, duraram vários dias e envolveram dezenas de pessoas entre familiares, amigos, bombeiros, mergulhadores, guardas e uma aeronave e respectivo piloto. Os bombeiros decidiram terminar entretanto as buscas.
Francisco Cruz trabalhou durante alguns anos na empresa Mendes Gonçalves, na Golegã, de onde é natural, e também desempenhou funções como comercial na Quinta da Atela, em Alpiarça, vila onde residia.