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Politécnico de Santarém vai ter de apertar o cinto
O presidente do Politécnico de Santarém José Mira Potes (ao centro) com os seus vice-presidentes João Moutão (à esquerda) e Nuno Bordalo Pacheco (à direita)

Politécnico de Santarém vai ter de apertar o cinto

Cortes nos serviços e nas estruturas de gestão das escolas e redimensionamento do corpo docente são algumas das medidas apontadas pelo Conselho-Geral e pelo Governo. Instituição já está a trabalhar num plano de ajustamento orçamental.


Alguns elementos do Conselho-Geral do Politécnico de Santarém (IPSantarém) exigiram que sejam tomadas medidas de contenção na gestão do instituto, indicando um conjunto de “linhas imperativas de actuação”, entre elas a redução dos “custos significativos” com os serviços e com as estruturas de gestão das diversas escolas.
A tomada de posição dos membros externos do Conselho Geral (que não pertencem à comunidade académica) definiu como imperativos a garantia da independência, autonomia e identidade regional do instituto; a redução dos custos significativos dos Serviços Centrais, sobretudo nas duplicações com as escolas; a diminuição da estrutura da gestão das escolas; a racionalização dos tempos de leccionação dos professores, assim como o redimensionamento do corpo docente. E exige a apresentação de medidas rapidamente. Disso mesmo deu conta o presidente do IPSantarém, José Mira Potes, à comunidade académica, em comunicação que se encontra disponível no site do instituto.
A posição dos elementos externos do Conselho-Geral do IPSantarém data de 28 de Novembro de 2019 e surge na sequência das notícias que têm sido publicadas sobre as dificuldades financeiras de vários politécnicos, entre eles o de Santarém. Trata-se de uma posição firme e objectiva dirigida à presidência do IPSantarém, o que é pouco comum na instituição.

Plano de ajustamento orçamental na forja
Os actuais membros externos do Conselho-Geral são o director executivo da Nersant e ex-deputado do PSD, António Campos, o deputado do PCP, António Filipe, o ex-deputado socialista e ex-secretário de Estado, Nelson Baltazar, e o professor universitário, Santana Castilho. Figuras com peso político e reconhecimento social a cujos recados a presidência do IPSantarém mostrou ser sensível estando já a trabalhar num plano de ajustamento orçamental.
Num comunicado dirigido à comunidade académica, datado de 14 de Janeiro, o presidente do IPSantarém informa que, por exigência do Governo, estão a elaborar “um plano de ajustamento orçamental que, para além de medidas de fundo nos campos organizativos e de gestão, assuma, desde já, medidas para redução da despesa e aumento da receita, sob pena de, não o fazendo, colocar em causa a autonomia financeira da instituição”.
A versão preliminar do plano foi analisada pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em reunião tida com a presidência do IPSantarém no dia 7 de Janeiro, tendo sido acolhida para apreciação. A versão final do documento deve ser entregue à tutela até 31 de Janeiro.
“Num contexto de grande dificuldade, a presidência, ao liderar este processo de reajustamento, reafirma os princípios que continua a defender nos documentos já produzidos e, na sua interacção com os outros órgãos do nosso instituto e com a tutela, de lutar para que o IPSantarém consiga, de forma consistente e como um todo, responder aos desafios colocados”, lê-se no comunicado assinado por José Mira Potes.

Politécnico de Santarém vai ter de apertar o cinto

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