Na passagem pedonal entre o posto médico e o pavilhão desportivo de Benfica do Ribatejo, Almeirim, acumulam-se folhas há meses junto a uma das duas casas que dão para a passagem. Diz a dona da casa que os funcionários da junta de freguesia passam quase diariamente pelo local e nem olham. À volta, no jardim do posto médico, onde estão as árvores, não há folhas e nota-se que o espaço é limpo regularmente. A presidente da junta, Cândida Lopes, questionada sobre a situação, começa por dizer que não tem nenhum tratamento diferenciado em relação a qualquer local, salientando falta de meios.
A dona da casa, onde se acumulam as folhas inclusivamente no quintal, refere que a situação se arrasta há muito tempo e que já se queixou várias vezes à junta. Graciete Romão, que foi chefe de repartição na Câmara de Almeirim, conta que desde Maio a passagem não é limpa, quando o pessoal ao serviço da autarquia limpa à volta do posto médico e na zona do pavilhão. “Acho estranho que a junta deixe um bocado de rua por limpar entre os dois locais”, desabafa.
Graciete Romão, que se encontra aposentada, com problemas cardíacos, salienta que não pode fazer esforços porque fica rapidamente sem fôlego e entra em taquicardia. Mesmo assim esforça-se por tentar manter limpo o quintal, para onde caem algumas folhas. À porta de casa a quantidade de folhas já atinge quase a altura de um palmo. A moradora no local, na urbanização do Alqueva, há cerca de vinte anos, mostra fotografias de 2016 em que a altura de folhas acumuladas tinha mais de meio metro. A moradora refere que uma vez com o piso molhado escorregou nas folhas e caiu.
A presidente da junta, que é funcionária na Câmara de Almeirim, diz que não gostaria de se referir à zona em concreto, apesar de ter sido questionada pelo jornal sobre a situação em particular, e salienta que “o ideal seria colocar diariamente funcionários em todas as ruas da vila, mas os recursos humanos ao dispor da freguesia não nos permitem tal feito. Realça que se esforça por reforçar as equipas de limpeza com pessoas de programas do centro de emprego. Conclui explicando que lhe resta gerir os meios de forma eficaz para manter a limpeza em toda a freguesia “o melhor que nos é possível”, e que por vezes conta com a colaboração dos fregueses que alertam para situações que podem ser melhoradas, tentando assim direccionar o pessoal para as “resolver o mais célere possível”.