Os atletas da equipa sénior de andebol do Clube de Andebol de Salvaterra de Magos (CAS) rescindiram contrato com o clube após o treinador ter sido despedido no dia 13 de Janeiro. Segundo os jogadores, a decisão foi tomada por considerarem que já não havia condições para a prática da modalidade em termos competitivos.
Em causa está um conflito entre os atletas e o seu treinador com a direcção do CAS devido ao não pagamento, pelo clube, da inscrição de três jogadores. A O MIRANTE, o agora ex-treinador da equipa sénior do CAS, Francisco Sousa, explica que o grupo chegou a oferecer-se para suportar os custos da inscrição dos atletas caso o clube demonstrasse não ter condições financeiras. Ainda assim a direcção do CAS acabou por não considerar as inscrições e optou por gastar dinheiro em material informático e nas contratações de um técnico de fisioterapia e de um psicólogo desportivo.
Francisco Sousa revela que, até à data, a direcção nunca justificou o seu despedimento nem mostrou qualquer interesse na decisão de rescisão por parte dos atletas. “A equipa sénior do CAS é vítima da arrogância e da tentativa consumada de dissolução do grupo. Não é justo sermos expostos a interesses pessoais de gente que está a servir-se do clube para um fim que não é o comum e muito menos o social e desportivo”, diz a O MIRANTE.
O treinador lembra que, após várias publicações nas redes sociais e considerações de apoiantes, os elementos da equipa ainda enviaram uma carta à direcção do CAS com algumas soluções para a situação. “Sugerimos que inscrevessem os três jogadores em falta e, caso necessário, propusemos ser nós a entrar com o dinheiro da inscrição. Demos também como solução os jogadores ficarem encarregues de todas as deslocações e abrir o bar do pavilhão e entregar à direcção qualquer receita gerada nos jogos dos seniores”, enumerou Francisco Sousa, dizendo que a proposta foi prontamente recusada.
Dias depois da rescisão dos atletas e dispensa do treinador a direcção do CAS emitiu um comunicado a agradecer o empenho e dedicação do técnico e lamenta a incompatibilidade entre a equipa técnica e a direcção do CAS que levou ao despedimento. A direcção do CAS informa ainda que o escalão continua em actividade.