A esquiadora Marta Carvalho integrou a selecção nacional no escalão U16 (menores de 16 anos), que participou na 28ª edição do Troféu Borrufa, em Ordino-Valdnord, Andorra, não tendo sido desclassificada em nenhuma das quatro provas em que participou.
O Troféu Borrufa, que decorreu entre 27 e 30 de Janeiro, é uma das três provas de selecções nacionais que se disputam na época 2019/2020 e nela participaram 253 atletas de 25 países.
A melhor prestação de Marta Carvalho ocorreu no slalom gigante. Depois de uma excelente primeira manga ainda conseguiu recuperar alguns lugares na segunda manga apesar de ter gasto mais 1,30s do que na primeira. Conseguiu assim entrar no Top 30 alcançando o objectivo que tinha definido. No slalom classificou-se em 33º lugar, 36º no combinado (slalom e supergigante) e 38º lugar no supergigante, em 49 atletas.
Foi a primeira vez que a esquiadora escalabitana competiu em supergigante, prova de velocidade pura, onde se atingem velocidades muito elevadas. A única prova que ficou aquém das expectativas foi o slalom, onde se esperava que entrasse no Top 30, dado que é a sua especialidade.
Dos restantes atletas da selecção destaca-se a prestação de Gonçalo Boavida, 40º no slalom gigante em 69 atletas em competição. Foi desclassificado no slalom e não competiu na prova de combinado e supergigante. O mesmo ocorreu com os atletas U-12, Gustavo Tavares e Bárbara Silva. O primeiro foi desclassificado no slalom e slalom gigante; a segunda concluiu a prova de slalom gigante mas não competiu nas restantes provas.
Três das quatro provas de U-16 feminino foram ganhas pela menina prodígio espanhola June Garitano. Só perdeu o slalom gigante que foi ganho pela atleta andorrenha Clàudia Garcia.

Absentismo escolar de atletas de selecções nacionais sem tratamento diferenciado

Ministério da Educação é acusado de não facilitar conciliação de desporto e estudos.

A Federação Portuguesa de Desportos de Inverno está a trabalhar para assegurar condições de prática e competências desportivas internacionais aos atletas portugueses mas esse trabalho está a ser comprometido pela dificuldade em conciliar os objectivos desportivos e a actividade escolar.
Segundo os responsáveis, aquela situação está a afectar outras modalidades como ténis, natação, ginástica, atletismo, etc. Todos os atletas/alunos com menos de 18 anos que representam a selecção nacional são fortemente penalizados devido à deficiente articulação entre o trabalho da secretaria de Estado do Desporto e a insensibilidade desportiva no ministério da Educação.
O absentismo escolar devido à representação em provas e estágios ao serviço da selecção nacional não tem um tratamento diferenciado em relação ao restante absentismo. Mas situação mais grave ocorre nalgumas escolas, onde os alunos/atletas são obrigados a efectuar cinco testes em dois ou três dias seguidos, nas semanas seguintes à época de testes, sob o pretexto de terem mais tempo para estudar do que os restantes alunos.
Na ausência de um enquadramento legal que proteja os alunos/atletas destas idades, a sua sorte está dependente da sensibilidade e bom senso de professores e directores, o que está a provocar o abandono da prática desportiva de alta competição de inúmeros jovens com elevadas aptidões, a partir do 9º ano.