Não é todos os dias que um munícipe vai a uma reunião de câmara apresentar uma proposta ao executivo municipal, mas foi isso que aconteceu na segunda-feira, 3 de Fevereiro, em Santarém. O arquitecto Guedes de Amorim interveio no período destinado ao público para deixar uma solução técnica que prevê a construção de duas salas mortuárias junto ao cemitério dos Capuchos.
Isto um par de meses depois da autarquia ter optado pela criação das novas salas mortuárias em São Pedro, na periferia da cidade, para substituir as actuais, situadas junto ao jardim das Portas-do-Sol. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), agradeceu o contributo do arquitecto mas não deixou de observar que só depois de haver decisão é que aparecem as propostas. Mesmo assim reiterou que a criação de salas mortuárias junto ao cemitério é uma opção para o futuro.
As actuais casas mortuárias das Portas do Sol são uma solução provisória há muitos anos e vão ficar inacessíveis no próximo Verão, quando começarem as obras de requalificação da Avenida 5 de Outubro, único acesso ao local. Daí a urgência em encontrar-se uma solução alternativa, que passa pela construção de novos equipamentos no local onde esteve a capela de São Pedro, entretanto demolida.
Antes, esteve prevista a construção das casas mortuárias nos terrenos do antigo bairro 16 de Março, já demolido, mas a contestação a essa ideia fez a autarquia mudar de ideias, embora a nova opção também não reúna consenso. A distância de São Pedro ao cemitério dos Capuchos, cerca de 3 km, e a passagem dos cortejos fúnebres pelo centro da cidade são desvantagens apontadas.