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Contas de Vila Franca de Xira a meio do ano com quebra de receitas preocupante

Informação do primeiro semestre de 2020 revela dados alarmantes. Receitas caíram seis milhões de euros e vai ser preciso gerir orçamento com pinças até final do ano. Executivo promete continuar a apoiar a comunidade.

A análise à informação económica e financeira do município de Vila Franca de Xira, referente aos primeiros seis meses deste ano, apresenta preocupações e incertezas quanto ao futuro, com quebras históricas na receita a rondar 6,5 milhões de euros e um acréscimo das despesas a rondar um milhão e 200 mil euros.
Os dados foram avançados na última semana pelo município em reunião pública do executivo. É certo que analisar estes dados é apenas ver o jogo ao intervalo e não o resultado final, mas António Félix, vereador com o pelouro da Área Financeira, já se veio mostrar “muito preocupado” com a evolução negativa da receita fruto da pandemia de coronavírus que travou a economia a fundo no primeiro semestre.
Só em receita fiscal entraram menos 3 milhões e 632 mil euros nos cofres, tendo o município cobrado um total de 13 milhões e 362 mil euros em impostos. O que mais caiu foi o Imposto Municipal sobre Transmissão de Imóveis (IMT) - cerca de 3 milhões e 400 mil euros a menos. Seguem-se o Imposto Único de Circulação (IUC) com menos 108 mil euros e o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) com menos 104 mil euros face à execução do ano anterior. Vila Franca de Xira, recorde-se, é dos poucos na Área Metropolitana de Lisboa que aplica a taxa mínima de IMI para ajudar as famílias.
António Félix considera que os números não sendo dramáticos são muito preocupantes e admite que ainda não se sabe se haverá condições financeiras para cumprir com todas as premissas do orçamento inicial. Uma revisão em baixa do orçamento não está totalmente posta de parte e em muito dependerá da evolução da situação económica do país. Apesar da situação, o município diz-se empenhado em continuar a apoiar a comunidade e as famílias, dando seguimento aos apoios de três milhões de euros anunciados no início da pandemia.
A vereadora da CDU, Regina Janeiro, apresentou na reunião uma leitura diferente dos números, considerando que o cancelamento de várias iniciativas, como o Colete Encarnado, permitiu poupanças significativas que poderiam ser alocadas ao apoio ao comércio, serviços e apoios sociais. “Esta é a fase de apoiarmos a população, o comércio, criarmos linhas de apoio para quem precisa. A câmara tem saúde financeira para apoiar quem hoje passa dificuldades e muito precisa das instituições públicas”, apelou.

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