
Rio Maior com orçamento reforçado em ano de autárquicas
Presidente da câmara diz que se trata de um orçamento realista e sem foguetórios pré-eleitorais, embora seja o maior dos últimos anos.
“Um orçamento realista, sem parangonas e sem foguetórios pré-eleitorais”. É assim que o presidente da Câmara de Rio Maior, Filipe Santana Dias (PSD), classifica o orçamento do município para 2021, aprovado na última reunião do executivo. Apesar das ressalvas feitas pelo autarca, a verdade é que o orçamento do município sobe mais de dois milhões de euros - para 28,1 milhões de euros - em ano de eleições e contempla alguns projectos relevantes a lançar ou para inaugurar no próximo ano. O que é sempre um trunfo em véspera de ir às urnas.
Entre os investimentos mais emblemáticos, que contam com financiamento da União Europeia, estão a conclusão da requalificação da zona ribeirinha da cidade, que integra a reabilitação e valorização da villa romana, e a intervenção no edifício conhecido por antiga moagem da Maria Celeste. A aquisição desse antigo complexo industrial custou 250 mil euros ao município. A continuação do apoio às juntas de freguesia e à requalificação da rede viária foram outros tópicos enumerados pelo presidente.
A oposição socialista deixou elogios ao documento, nomeadamente pela aposta na cultura, mas também críticas por considerar escasso o investimento feito na rede de água do concelho, tendo em conta o volume das perdas de água. O vereador do PS Daniel Pinto justificou antecipadamente o voto contra, argumentando que o documento reflecte um pensamento político que não é o deles. E embora os socialistas concordem com muitos investimentos previstos, também lá faltam outros que gostariam de ver contemplados.
O vice-presidente do município, João Lopes Candoso (PSD), referiu que este orçamento “é um passo em frente”, lembrando que subiu cerca de oito milhões de euros face ao orçamento de 2015 e quase 2,2 milhões de euros face ao de 2020. Os dois vereadores do PS votaram contra e a vereadora Ana Filomena Figueiredo (CDS) absteve-se justificando a sua posição com o facto de não ter actualmente qualquer contacto com a estrutura local do CDS.
