Consórcio Megallan 500 dá passos importantes para conquistar um aeroporto internacional para Santarém
O consórcio Magellan 500 assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras para o desenvolvimento de um projeto pioneiro de mobilidade urbana impulsionado por eVTOL (veículos elétricos com descolagem vertical), que vai revolucionar a mobilidade de pessoas e mercadorias no futuro e que hoje ainda parece ficção científica.
O consórcio Magellan 500, que se propõe construir um aeroporto internacional em Santarém, assinou, na semana passada, um protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) para o desenvolvimento de um projeto pioneiro de mobilidade urbana impulsionado por eVTOL (veículos elétricos com descolagem vertical), que vai revolucionar a mobilidade de pessoas e mercadorias no futuro e com redução significativa de impactos ambientais.
Numa primeira fase, o Magellan 500, no qual participa o Grupo Barraqueiro, líder privado em mobilidade rodo-ferroviária em Portugal, vai fazer a análise estratégica e de viabilidade do vertiporto no concelho de Oeiras, seguindo-se o desenvolvimento do conceito com a seleção de tecnologias e, por último, a sua implementação e desenvolvimento. “Trata-se de um acordo pioneiro, emblemático, com um municípioque, ao longo dos anos, tem mostrado grande abertura a projetos inovadores, sendo hoje um dos concelhos que mais riqueza gera em Portugal”, refere Carlos Brazão, fundador do Magellan 500.
O acordo entre o Magellan 500 e a CMO tem como objetivo a instalação de um vertiporto, uma espécie de heliporto, neste caso, pensado para a aviação elétrica limpa, que servirá o aeroporto de Santarém, mas que poderá também atuar em rede com outros vertiportos, facilitando a mobilidade ‘limpa’ entre concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
“A existência de um vertiporto no concelho de Oeiras é uma fantástica alternativa de mobilidade elétrica de pessoas e bens com requisitos especiais de velocidade e de conveniência. Poderá parecer ficção científica, mas no final desta década será uma realidade e devemos aproveitar as oportunidades que a tecnologia nos vai oferecendo”, referiu Carlos Brazão a O MIRANTE.
Tendo desenvolvido estudos aprofundados sobre a evolução da indústria aeronáutica, no âmbito do projeto do novo aeroporto de Santarém, o consórcio Magellan 500 desafiou assim a Câmara de Oeiras a desenvolver, em conjunto, estudos para a instalação de um vertiporto no concelho, servindo de embrião a projetos futuros nesta área. “Felizmente encontrámos no município de Oeiras, conhecido pela sua aposta na inovação, a abertura para desenvolvermos esta parceria ao nível dos vertiportos para poder iniciar uma operação comercial antes do final da década”, disse o fundador do Magellan 500, acrescentando que “a nossa ambição é que o aeroporto Magellan 500 em Santarém, desde que a decisão do Governo seja tomada no início de 2024, esteja operacional para receber o primeiro avião comercial em 2029" adiantou.
A conjugação das duas estruturas, o aeroporto em Santarém e o vertiporto em Santarém, permitiria transportar as pessoas de uma forma extremamente conveniente, silenciosa, sustentável e rápida da Grande Lisboa até ao Magellan 500. “Depois cria-se um efeito de rede e outras estruturas semelhantes estarão operacionais para fazerem ligações entre si e para o Magellan 500”, referiu ainda.
Mais de 70 fabricantes aeronáuticos em todo o mundo têm em fase de desenvolvimento projetos de aeronaves eVTOL, alguns já em testes de voo, devendo chegar ao mercado nos próximos três anos. Simultaneamente, estão a surgir projetos de vertiportos que vão permitir a operação dos eVTOL.~“Trata-se de uma revolução ao nível da mobilidade aérea urbana, sustentável, limpa, rápida e segura e o Magellan 500 e o Município de Oeiras estão a ser inovadores ao avançar para este projeto que será uma realidade antes do virar da década”, concluiu Carlos Brazão.