Sociedade | 06-10-2024 21:00

Seis anos depois porto fluvial da Castanheira continua por desencalhar

Projecto apresentado há 13 anos tem enfrentado marés complicadas. Existe aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente mas desde pelo menos 2018 que se fala que a abertura do porto está para breve. Na última semana o assunto voltou à baila.

Já passaram seis anos desde que a empresa promotora do novo porto fluvial de mercadorias na Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, prometeu que o espaço entraria em funcionamento sem que nada tivesse acontecido.
Depois de vários anúncios que ainda não viram nascer na prática o esperado porto de mercadorias que poderia ajudar a tirar até uma centena de camiões da Auto-Estrada do Norte (A1), os promotores do projecto vieram dar nota na última semana, ao jornal Eco, de que o projecto já tem luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente e que a empresa promotora do espaço, o grupo ETE, já tem nas mãos as propostas das empresas candidatas à construção do equipamento. Luís Figueiredo, citado por aquele órgão, assegura que a adjudicação dos trabalhos avançará ainda este ano. Algo que já havia acontecido em 2018, como O MIRANTE noticiou, quando a empresa dizia esperar ter o porto fluvial pronto a operar no ano seguinte, 2019, o que não aconteceu.
O investimento, recorde-se, ronda os seis milhões de euros e ocupará uma área de dois hectares para parqueamento de contentores, suficiente para quatro barcaças. O serviço, estima a empresa, deverá estar à disposição das empresas a partir de 2026. Cada viagem entre a barcaça e o rebocador, até à Castanheira, terá capacidade para até 100 contentores e o volume dependerá da futura adesão das empresas.
Apesar do rio estar fortemente assoreado nas margens praticamente até Azambuja, o gestor afiança que as barcaças não necessitam que o rio seja dragado e que por isso conseguirão, se necessário, ir carregadas até Santarém. O projecto inicial, recorde-se, foi apresentado há 13 anos e sempre recebeu luz verde e elogios da Câmara de Vila Franca de Xira, mas sofreu com a estagnação da evolução da ocupação da Plataforma Logística da Castanheira do Ribatejo e instabilidade governativa no que toca à legislação sobre os portos fluviais nacionais.

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