Sociedade | 16-11-2024 10:00

Máquina avariada há mais de um ano no Hospital de Santarém dificulta tratamentos de quimioterapia

Máquina avariada há mais de um ano no Hospital de Santarém dificulta tratamentos de quimioterapia
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Profissionais de saúde têm de se deslocar ao hospital de outro concelho para prepararem os tratamentos

Problemas na unidade de oncologia, com a avaria das câmaras de fluxo laminar, imprescindíveis para a preparação de quimioterapia, já se arrastam há 14 meses, e concurso para novo equipamento, que deve ser lançado este ano, só deve ficar finalizado no próximo ano.

Os problemas na unidade de oncologia do Hospital de Santarém que impedem a preparação dos tratamentos de quimioterapia há mais de um ano ainda não vão ficar resolvidos este ano. Segundo a Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria, que administra o hospital, foi constituído um grupo de trabalho que está a desenvolver um projecto de expansão da Unidade de Oncologia e investimento em novos equipamentos. Quanto à aquisição de novas câmaras de fluxo laminar, onde são manipulados os tratamentos, o concurso público está mais avançado e deve ser lançado este ano, sendo que a administração gostaria que ainda se conseguisse durante o mês de Novembro.
O conselho de administração da ULS Lezíria decidiu em Julho, 10 meses depois de se deixar de utilizar o equipamento, avançar com o processo para a aquisição das câmaras. Enquanto isso os profissionais que trabalham na área andam desde Setembro de 2023, há 13 meses, a caminhar para Torres Novas, onde estão a fazer a preparação das quimioterapias no hospital da ULS do Médio Tejo, num esforço acrescido destes elementos. A administração realça que as câmaras de fluxo laminar são fundamentais para a segurança e eficiência do Serviço de Oncologia.
Em relação à expansão do serviço, a ULS refere a O MIRANTE que já foram realizadas diversas reuniões de trabalho com o objectivo de garantir que a unidade responda às necessidades futuras da área oncológica e de preparar o lançamento do concurso público para a obra. A entidade esclarece que “está em causa uma intervenção tecnicamente exigente, que requer uma preparação cuidadosa, que visa dotar de melhores condições o Serviço Farmacêutico e a Unidade de Preparação Centralizada de Citotóxicos.
O conselho de administração da Unidade Local de Saúde Lezíria, já tinha dito a O MIRANTE que a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, à qual pertence o Hospital de Torres Novas, “tem demonstrado total colaboração”. Também referiu em Julho deste ano, quando questionado sobre o arrastar da situação, que tem-se conseguido minimizar o impacto para os utentes, sem constrangimentos de ordem clínica, com o esforço e empenho de todos os profissionais.
O equipamento é um dos que está nos projectos de investimento que constam do Plano de Desenvolvimento Organizacional 2024-2026 da ULS Lezíria. O Hospital de Santarém atende diariamente entre 30 a 40 doentes oncológicos. Em 2023 foram seguidos em tratamento 2.686 doentes oncológicos. Os profissionais deslocam-se a Torres Novas em viatura do hospital com motorista e recebem horas extraordinárias.

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