Dois suspeitos de assalto a banco em Samora Correia detidos pela PJ
A Polícia Judiciária deteve dois cidadãos estrangeiros suspeitos de vários assaltos a bancos em Portugal, incluindo o assalto ao Novo Banco, em Samora Correia, em Maio de 2024. Os detidos ficaram em prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois cidadãos estrangeiros procurados por vários assaltos a bancos em Portugal, incluindo o assalto ao Novo Banco, em Samora Correia, em Maio do ano passado. A informação foi confirmada a O MIRANTE por fonte da PJ.
Segundo a judiciária, os suspeitos deslocavam-se por breves períodos para cometer os crimes. Após interrogatório judicial, ficaram em prisão preventiva.
A investigação, coordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, teve a colaboração da Unidade Nacional Contraterrorismo da PJ, que deteve na região de Lisboa os dois suspeitos de vários roubos a bancos com recurso a armas de fogo, entre Julho de 2023 e Abril de 2025.
De acordo com um comunicado do Ministério Público (MP), divulgado na página oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), os crimes aconteceram no Alentejo, Algarve e Margem Sul do Tejo e os arguidos, colocados em prisão preventiva, estão “indiciados, como reincidentes, pela prática de, pelo menos, sete crimes de roubo, com recurso a arma de fogo, dez crimes de sequestro, quatro crimes de falsificação de documento e branqueamento”.
Segundo a PJ, os assaltos terão rendido aos suspeitos cerca de 600 mil euros, tendo-lhes sido apreendida “abundante prova da prática dos crimes, nomeadamente 65 mil euros em dinheiro (roubados no assalto à Caixa de Crédito Agrícola da Atalaia, na Lourinhã, no passado dia 08 de Abril), a arma utilizada nos crimes, passaportes e outros documentos de identificação com identidades falsas, roupa e acessórios de disfarce”.
“Os suspeitos, considerados perigosos, não têm qualquer vínculo ao nosso país. Deslocavam-se a Portugal por curtos períodos e apenas pelo tempo necessário para a prática dos crimes, demonstrado enorme facilidade em entrar e sair de território nacional. Utilizavam, para o efeito, outros países do espaço Schengen, recorrendo a identidades falsas, o que dificultou em muito a investigação”, explicou a PJ.
Os detidos têm um longo cadastro, e um deles já tinha sido condenado por crimes semelhantes. Este suspeito acabaria extraditado para o Brasil em 2022 para cumprimento de pena no país de origem, detalhou a PJ.
Quanto ao outro detido já tinha sido condenado a 12 anos e seis meses de prisão por homicídio de um cidadão irlandês no Algarve, crime pelo qual não cumpriu pena.
Sobre os detidos pendia um mandado de detenção europeu, emitido pelas autoridades portuguesas.
Segundo o MP, os assaltos decorriam em horário de expediente e os assaltantes “actuavam sobre funcionários e clientes que aí se encontrassem, exibindo armas, forçando à entrega de quantias em dinheiro sob ameaça de violência física, constrangendo as pessoas a permanecerem no local contra a sua vontade, algumas amarradas, causando grande receio e alarme social”.
