Cultura | 27-09-2023 18:00

Grémio Dramático Povoense celebra 134 anos de dedicação à cultura

Grémio Dramático Povoense celebra 134 anos de dedicação à cultura
Grémio da Póvoa com 134 anos continua a ser uma referência na cultura

Colectividade mais antiga da Póvoa de Santa Iria atravessou a República, o Estado Novo, a revolução e a pandemia sem nunca deixar de oferecer teatro, música e cultura à população. Grémio Dramático Povoense assinalou os seus 134 anos com elogios à actual direcção.

Inovar mas sem esquecer as raízes foi uma das mensagens principais da cerimónia de aniversário dos 134 anos do Grémio Dramático Povoense (GDP) que se assinalou no dia 17 de Setembro. A data foi celebrada na sede da colectividade, na Póvoa de Santa Iria, com música, teatro, entrega de insígnias aos associados com 25 e 50 anos de filiação, e muitos elogios ao trabalho desenvolvido pela actual direcção.
Antes dos discursos oficiais cantou e encantou Fátima Marejo, do coro Génesis e professora de canto. O primeiro a subir ao remodelado palco da colectividade foi o vice-presidente da mesa da assembleia-geral, um dos rostos mais conhecidos do GDP, António Nabais. Na sua intervenção recordou os tempos em que a cultura era censurada. Alves Redol e Stau Monteiro foram alguns dos nomes sonantes que fizeram serões na colectividade com sala lotada. Hoje em dia os tempos são outros e o GDP conta com o apoio do poder local.
O presidente da direcção, Daniel Gonçalves, sublinhou os 40 espectáculos realizados este ano, com muitas horas de trabalho nos bastidores por parte dos elementos do GDP. Algumas das iniciativas de maior destaque vão continuar a realizar-se, como é o caso do Póvoa Music Festival, com bandas de metal e rock, e o Festival de Teatro que conta com grupos de todo o país e até do Brasil.
Daniel Gonçalves destacou ainda o reformulado Enterro do Entrudo, que o ano passado percorreu a zona mais recente da cidade da Póvoa, e o sucesso que foi o regresso das noites de fado. Até 30 de Setembro continuam a decorrer as noites no Pátio Aníbal Faustino. Um espaço que foi dignificado com música, dança e teatro. “Apostámos na formação, na recriação e na novidade mas sem esquecer o antigo. O grupo de teatro conta com uma nova identidade visual”, disse o dirigente associativo.
O presidente do município de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, agradeceu a todos os que ano após ano dão a cara pelo movimento associativo numa altura em que “a vida dos dirigentes associativos está pior devido às responsabilidades financeiras e legais”.
A presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, Ana Cristina Pereira, relembrou que a história do GDP é também a história da Póvoa e por isso lançou o desafio: “Estas experiências deviam ficar escritas. A junta está disposta a apoiar. Parabéns pelo vosso trabalho, empenho e dedicação”.
O facto de ser um jovem à frente da colectividade mereceu o elogio do presidente da assembleia de freguesia, numa altura em que é cada vez mais difícil encontrar quem queira colaborar nas associações. “As pessoas à frente destas entidades são esquecidas. Devia-se dar mais importância ao estatuto do dirigente associativo. Vive-se de listas únicas e longe vão os tempos em que se candidatavam duas e três listas”, disse Paulo Barroca.

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