Rui Martinho: concelho da Chamusca tem sido vítima e parente pobre do poder local

Candidato por movimento independente à Câmara da Chamusca apresentou sete eixos estratégicos para o município para que o concelho deixe de “ser tratado como o parente pobre do poder local na região”.
O actual presidente da União das Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande, Rui Martinho, apresentou os principais eixos estratégicos da sua candidatura à Câmara Municipal da Chamusca. Candidato pelo movimento independente “Primeiro a nossa Terra”, Rui Martinho juntou cerca de 170 pessoas num jantar onde definiu sete pilares fundamentais para o concelho: desenvolvimento económico, mobilidade e infraestruturas, qualidade de vida e saúde, sustentabilidade, gestão autárquica e cultura e tradições. “O concelho da Chamusca tem sido sucessivamente ultrapassado por muitos outros, quando temos todas as condições para fazermos parte dos melhores. Fazem ideia das verbas que os senhores que têm estado à frente do município gastaram nos seus mandatos? Cerca de 200 milhões de euros”, disse, acrescentando que com a governação da sua equipa será impensável que uma obra como a requalificação das piscinas municipais demore seis ou sete anos a ser realizada. “Mais tempo do que a construção de raiz do Aeroporto de Istambul, um dos maiores do mundo”, vincou.
Para Rui Martinho o poder local foi incapaz de rentabilizar o rio Tejo, que atravessa o concelho com cerca de 20 quilómetros de margens. “Nem uma praia fluvial foram capazes de fazer, ao contrário de vários outros municípios”, lamentou o autarca. Referindo-se às freguesias, Rui Martinho adiantou que na Carregueira e Arripiado vai abrir um pólo do Conservatório de Música, dar especial atenção à situação das IPSS e “ao que se passa no Eco Parque do Relvão”.
Na Chamusca, Rui Martinho diz que vai ter que remediar todas as “malfeitorias” que têm sido feitas. “Depois de anos de um mercado municipal em obras e mais obras, eis que ele abre praticamente sem estacionamentos perto. Mataram o nosso mercado e com ele o centro histórico da Chamusca. Vamos reverter esta situação”, disse, acrescentando que pretende reabrir o Posto de Turismo. “Iremos desenvolver o turismo religioso e o turismo de natureza (…) criaremos um Museu da Tauromaquia e do Fado”, avançou.
Rui Martinho continuou afirmando que no Pinheiro Grande o município não investiu um euro nos últimos 12 anos. “Nada foi feito na tentativa de que as culpas passassem para a junta de freguesia. Andamos há anos a solicitar, por exemplo, a resolução da situação do Vale do Inferno, do Parque de Merendas junto à Estrada Nacional ou de um novo parque infantil na aldeia antiga. Nada disto foi feito. Vamos fazê-lo nós”, garantiu.
Nas restantes freguesias, Rui Martinho adiantou que vai “levar a cabo o famigerado Parque Empresarial da Parreira e Chouto e a reabertura da Caixa Agrícola na Parreira, assim como criar condições para que as pessoas tenham acesso a lotes para habitações e para a instalação de uma creche. Em Ulme diz que vai “fazer com que a freguesia deixe de ser conhecida apenas por umas paredes pintadas” reforçando o incentivo à natalidade e a atribuição de Bolsas de Estudo, transversais a todas as freguesias. Em Vale de Cavalos promete fazer com que a freguesia “deixe de ser conhecida apenas pelo Festival das Sopas”.
A criação de emprego, uma estratégia de habitação eficaz, uma nova ponte sobre o Tejo e a conclusão do IC3 são outras das propostas da candidatura liderada por Rui Martinho. “O concelho da Chamusca vai deixar de ser tratado como o parente pobre do poder local na região”, concluiu.