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IVV procura soluções para imóveis abandonados em Almeirim e Alpiarça

IVV procura soluções para imóveis abandonados em Almeirim e Alpiarça

Património devoluto do Instituto do Vinho e da Vinha dá nas vistas pelas dimensões e pela degradação em que se encontra. Valores pedidos aos municípios foram rejeitados por serem considerados muito elevados.

O presidente do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV) reconhece que o estado de abandono de alguns imóveis pertença do instituto não é muito abonatório para a imagem desse organismo público, designadamente os existentes em Almeirim e Alpiarça, e está empenhado em reverter o actual cenário, apesar de reconhecer que o contexto de crise que se vive não é favorável.
“É nossa intenção encontrar soluções o mais rapidamente possível para todos esses edifícios, mas estamos conscientes que na situação económica que o país tem vivido, as soluções são sempre mais demoradas e difíceis”, diz Frederico Falcão, reforçando: “É nossa intenção valorizar esse património e não manter os imóveis ao abandono, com prejuízo da imagem do próprio IVV”.
São imóveis que se fazem notar não só pelas suas dimensões mas também pelo abandono a que estão votados há largos anos e que se traduz também em evidentes sinais de degradação. O IVV procura soluções para os edifícios de Almeirim e Alpiarça, já que as instalações devolutas que possuía em Santarém e no Cartaxo foram entretanto vendidas à Estamo, uma sociedade de participações imobiliárias vocacionada para a alienação de património do Estado.
“Temos trabalhado em articulação com os senhores presidentes das Câmaras Municipais de Almeirim e Alpiarça, entre outros, que se têm mostrado muito activos nesta matéria, e chegámos até a acordo para venda de um dos edifícios de Almeirim à câmara municipal”, disse o presidente do IVV, Frederico Falcão, em resposta a questões colocadas pelo nosso jornal no final de Julho. Falta agora dar destino ao edifício mais volumoso e degradado.

Câmara de Almeirim quer comprar mas falta acertar o preço
O presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro (PS), diz que as negociações para aquisição das antigas adegas do IVV na cidade, na rua de Coruche, estão bem encaminhadas, mas o valor pedido à autarquia, superior a 400 mil euros, é incomportável. “Há vontade da Câmara de Almeirim em comprar e do IVV em vender, só ainda não chegámos a acordo quanto aos números”, diz o autarca, que reuniu com o presidente do IVV na semana passada.
O processo está dependente de nova avaliação a fazer por serviços do Ministério das Finanças, que possa levar a uma eventual redução do preço. A intenção do município é transformar aquele património abandonado no centro da cidade num recinto multiusos.

Em Alpiarça não há dinheiro
É também uma questão de dinheiro que impede uma solução para as instalações do IVV em Alpiarça. O primeiro preço apontado rondava os 400 mil euros pelos dois edifícios. Entretanto, com nova avaliação, o preço baixou. Mas o presidente da câmara, Mário Pereira (CDU), diz que a autarquia, que tem em curso um plano de saneamento financeiro, só tem possibilidade de ficar com os imóveis por um preço simbólico.
Mário Pereira diz que tem havido contactos regulares com o IVV e que o próprio presidente do instituto já visitou as instalações. Mas não há solução à vista. E o autarca sublinha que mesmo que a autarquia ficasse com as instalações a preço simbólico, as intervenções posteriores nos edifícios, fossem para adaptação a outras funções ou para demolição, seriam sempre muito onerosas.

Instalações de Benfica do Ribatejo compradas por autarca

As instalações do IVV de Benfica do Ribatejo, concelho de Almeirim, foram vendidas no ano passado a uma empresa privada de que é proprietário o tesoureiro dessa junta de freguesia, Carlos Domingos. O património, que estava à venda em hasta pública por um preço base de 83 mil euros, foi adquirido pelo autarca pelo valor de 84 mil euros. A Câmara de Almeirim, que tinha direito de preferência, não concorreu ao leilão.

Antigos escritórios do IVV albergam CVR

A Câmara de Almeirim já comprou, por cerca de 68 mil euros, os antigos escritórios do IVV, na mesma rua, em frente às adegas, para instalar a Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo, que já está a funcionar há dois anos no primeiro andar do edifício. No rés-do-chão, que funcionava antigamente como garagem, foram cedidos espaços para o Rancho Folclórico da Casa do Povo e Orfeão de Almeirim.

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