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Prioridade à economia sem acautelar ambiente na origem da poluição em Torres Novas

Prioridade à economia sem acautelar ambiente na origem da poluição em Torres Novas

Secretário de Estado do Ambiente identificou empresa poluidora sem citar o seu nome. Governante defende uma correcta articulação entre economia, ambiente, câmara municipal e forças de segurança e garante que vai acompanhar o processo até acabar com crimes ambientais.

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, disse em Torres Novas que os valores da economia só podem ser valorizados se respeitarem o ambiente e garantiu que irá trabalhar em articulação com a câmara municipal, as autoridades e o Ministério da Economia até que o problema da poluição da ribeira da Boa Água, um curso de água afluente do rio Almonda, esteja resolvido.
O aumento do reforço da fiscalização, uma gestão mais articulada de monitorização da bacia do Almonda e a criação de condições para uma intervenção do município de Torres Novas na limpeza das linhas de água (ver caixa) foram algumas das medidas anunciadas por Carlos Martins para combater a poluição na ribeira da Boa Água.
Sem nunca mencionar directamente o nome da Fabrióleo, empresa que é apontada como principal responsável pela situação, Carlos Martins foi suficientemente claro ao atribuir responsabilidades à mesma. “Ficou para nós claro, até pelo histórico que temos no Ministério do Ambiente, que existe um factor económico, uma empresa em particular, que tem tido uma postura de incumprimentos recorrentes, com desrespeito pelos elementares valores ambientais, que é traduzida em mais de 12 contra-ordenações só nos últimos anos”, afirmou.
O secretário de Estado do Ambiente visitou na manhã de dia 31 de Agosto as zonas críticas em termos de poluição da ribeira da Boa Água e do rio Almonda e reuniu com a Comissão Municipal de Acompanhamento do Rio Almonda, tendo falado aos jornalistas numa conferência de imprensa.
O governante defendeu uma articulação concertada entre as diversas entidades com capacidade de intervenção e o reforço da vigilância, tendo referido a falta de coordenação como responsável pelo arrastar “ao longo de vinte anos” da “situação ambiental grave”.
Depois de se referir a “jogos muitas vezes perversos de prioridades desarticuladas”, Carlos Martins clarificou o que queria dizer ao afirmar: “Privilegiamos muitas vezes os valores da economia mas eles só são essenciais se respeitarem os valores ambientais”.

Câmara disposta a limpar ribeira da Boa Água

O tema poluição na ribeira da Boa Água esteve novamente em debate na última reunião do executivo da Câmara de Torres Novas, realizada a 30 de Agosto. O ambientalista Mário Costa, do movimento Vamos Salvar o Rio Almonda, esteve na sessão revelando que tem vigiado a ribeira e que não tem havido descargas pela empresa Fabrióleo mas detectou outros focos poluidores.
O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, deu início à reunião começando precisamente por aí. Os maus cheiros têm-se vindo a intensificar nos últimos dias principalmente devido ao calor. O autarca referiu que iriam haver notícias por parte da Secretaria de Estado do Ambiente e que iria pedir uma autorização à Agência Portuguesa do Ambiente para proceder a uma limpeza na ribeira da Boa Água, com o objectivo de tirar as camadas acumuladas de detritos.

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