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Um tal Arons de Carvalho e as práticas anti-concorrenciais

Sou um assíduo leitor de O MIRANTE desde finais de 1991 e por isso conheço alguns episódios ligados ao seu percurso. Hoje li uma notícia que dizia que a Autoridade da Concorrência vai agir contra a Associação Portuguesa de Escolas de Condução pela prática anti concorrencial de fixar preços mínimos para as cartas de condução, nas áreas da Grande Lisboa e Setúbal e lembrei-me do antigo secretário de Estado do PS para a Comunicação Social, Arons de Carvalho, que, em 2001 no segundo Governo liderado por António Guterres, que também fixou um preço mínimo de assinatura para os jornais regionais, fazendo com que a minha assinatura anual de O MIRANTE que era de mil escudos passasse para dois mil e quinhentos escudos.
Foi também uma prática anti-concorrencial para beneficiar outros jornais que não conseguiam ter preços competitivos porque não captavam publicidade nem negociavam preços com as gráficas e as distribuidoras.
Ao tal Arons de Carvalho não houve Autoridade da Concorrência que puxasse as orelhas e a tristemente célebre Portaria foi mantida em vigor até hoje pelos secretários de Estado, nomeadamente do PSD, que se lhe seguiram, embora a tivessem criticado. Muitos jornais que pediram e aplaudiram o enviesamento da concorrência imposto pelo Governo de que fazia parte Arons de Carvalho, ou já desapareceram ou estão em vias de desaparecer.
Falo neste assunto porque tenho memória e arquivos e porque são assuntos destes que têm cimentado o meu desprezo pelos políticos nacionais que se alimentam dos cargos ou que se servem deles para alimentar família e amigos.
A finalizar: Podem dizer que o caso do preço mínimo das cartas de condução não é igual ao da fixação pelo Governo de um preço mínimo de assinatura e eu responderei que têm razão. É pior. Muito pior!
Fernando de Carvalho

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