Estrada do túnel reabriu ao trânsito mas continua apertada
Problemas de iluminação foram resolvidos e construído um passeio. Poucas horas depois do túnel ter reaberto à circulação automóvel as paredes foram grafitadas. Utilizadores criticam a demora das obras e a falta de alargamento para duas faixas.
Reabriu esta semana ao trânsito, depois de ter estado fechado durante quase dois meses, o túnel que passa por baixo da auto-estrada do norte (A1), que une as freguesias de Vialonga e Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, uma estrutura bastante usada pela população.
O túnel sofreu obras de melhoria orçadas em 16.949 euros, que visavam melhorar as iluminárias e construir passeios que acrescentassem segurança aos peões. O novo passeio pedonal foi executado desde a rua da Quinta da Piedade até à entrada do túnel. Poucas horas depois dos trabalhos terem ficado concluídos e o espaço aberto ao trânsito, as paredes foram grafitadas e pintadas em actos de vandalismo.
Enquanto esteve fechado para as obras, os transtornos causados aos condutores e aos peões que o usavam foram imensos, porque os desvios obrigavam a dar uma volta maior e mais prolongada. Agora que reabriu, quem ali passa diariamente diz que não dá pela diferença.
“Em termos práticos ficou tudo na mesma, temos apenas uma faixa, o piso escorrega e sente-se o carro a derrapar e nas horas de ponta a espera é enorme por causa dos semáforos. Lavaram a cara ao túnel mas não fizeram a operação que se impunha. Mas mais vale aberto do que ter de ir dar a volta toda ao Forte da Casa”, explica Conceição Oliveira, que vive em Vialonga mas trabalha na Póvoa.
Outros condutores que usam o túnel manifestaram também a sua tristeza nas redes sociais pelo facto do atravessamento se continuar a fazer apenas com uma faixa, com circulação alternada em cada sentido regulada por semáforos. Em 2008 chegou a ser equacionado o alargamento para duas faixas daquele túnel, mas a verba necessária para esses trabalhos seria “muitíssimo elevada” e, do ponto de vista da engenharia, “extremamente complexa”, como afirmou recentemente em assembleia municipal o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS).