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Mudança nas paragens de autocarros em Salvaterra de Magos com opiniões contraditórias
Paragem no centro da vila não foi encerrada ao contrário do que alguns munícipes julgam

Mudança nas paragens de autocarros em Salvaterra de Magos com opiniões contraditórias

Quatro comerciantes entregaram um abaixo-assinado com 790 assinaturas na Câmara de Salvaterra de Magos onde reclamam contra a deslocalização dos escritórios da transportadora Ribatejana e da paragem de alguns dos seus autocarros da Rua Heróis de Chaves, no centro de Salvaterra de Magos, para junto da praça de toiros da vila. A mudança, dizem os contestatários, causa atrasos aos estudantes da Escola Profissional e a perda de clientes do comércio local, além de que a nova paragem está num ponto isolado e não oferece as melhores condições.
No entanto, de acordo com o director da Ribatejana, António Andrade, a indignação foi gerada pelo desconhecimento daqueles que começaram a dizer precipitadamente que a anterior paragem tinha sido encerrada, quando não foi isso que aconteceu. “Os autocarros continuam a lá passar. O que se fez foi retirar a paragem de alguns autocarros, mas compensou-se com a paragem de outros que vêm beneficiar os alunos da Escola Profissional de Salvaterra de Magos”, explica.
Quanto à falta de condições da nova paragem, o responsável pela empresa admite que o local até esteja longe das habitações, mas iluminação, espaço e segurança é o que não falta. O mesmo se passa com a falta de abrigos, referindo que já lá foi colocado um.
A mesma opinião tem o presidente do município, Hélder Esménio (PS). Para o autarca quem fez o abaixo-assinado “fê-lo na base de uma mentira por falta de conhecimento da situação”. Quanto à preocupação dos comerciantes, o autarca afirma: “Na paragem continuam a parar cerca de 50 autocarros diariamente e os alunos continuam a ir à escola e serem clientes naquele local. Não há prejuízo para o comércio local”, confessa.
Mas Catarina Mendes, uma das queixosas, tem opinião contrária, afirmando que a transferência tem prejudicado sobretudo os comerciantes. “As pessoas vinham aqui apanhar o autocarro e aproveitavam para beber um café, arranjar os óculos, comprar algum medicamento na farmácia ou uma revista na papelaria. Parece que não, mas ajudava bastante no negócio”, adianta.
Engrácia Fialho, frequentadora da antiga paragem, diz que o novo local não tem condições nenhumas para se esperar pelo autocarro. “Tenho medo quando venho de Lisboa à noite e tenho de sair ali naquela paragem, pois não tem iluminação nem passa ali ninguém. Pelo menos aqui ainda existem habitações”, desabafa a residente em Salvaterra de Magos.
“Quem decidiu alterar a paragem de autocarro não devia saber o que estava a fazer”, afirma Conceição Júlio, outra moradora. “Neste momento só passam aqui os autocarros que vêm buscar os estudantes à escola, mais nada. E se alguém de idade quiser entrar não aceitam”, adianta a residente em Salvaterra de Magos.

Mudança nas paragens de autocarros em Salvaterra de Magos com opiniões contraditórias

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