Bons Sons movimentou quatro milhões de euros
Festival de música que decorre em Agosto em Cem Soldos, Tomar, atraiu público de vários países.
A edição 2018 do Festival Bons Sons teve um impacto económico na ordem dos quatro milhões de euros e atraiu a Cem Soldos, Tomar, festivaleiros de 88 concelhos de Portugal e de mais seis países, revelou a organização.
O estudo de análise do público do festival, realizado na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, atribuiu ao evento “benefícios económicos e sociais” para a região, na ordem dos “quatro milhões de euros”, divulgou o Sport Clube Operários de Cem Soldos, organizador do Bons Sons.
O evento, que em 2018 decorreu entre os dias 9 e 12 de Agosto, recebeu 38.500 visitantes “de várias geografias e diferentes idades”, para assistir aos 52 espectáculos e dezenas de actividades que, ao longo de quatro dias, transformaram Cem Soldos no recinto do festival.
“Houve visitantes de mais de 88 concelhos nacionais e de seis países”, revelou o estudo, especificando que o público de além-fronteiras foi oriundo de países como a Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Reino Unido e Brasil.
Os 38.500 festivaleiros foram “acolhidos por uma equipa alargada de 430 pessoas”, englobando, segundo o estudo, “diferentes gerações”, tendo sido recebidas pessoas “dos seis aos 71 anos”.
A categoria mais expressiva inclui jovens entre os 17 e os 26 anos (44%), mas mais de metade dos visitantes foi composta pelas faixas dos 27 aos 36 anos e pela faixa de maiores de 36 anos.
Em termos económicos a dinâmica gerada pelo festival, e estimada na ordem dos quatro milhões de euros, repercutiu-se em “receitas de cerca de 200 mil euros para o sector hoteleiro da região”. O estudo aponta ainda para uma despesa média “de 132,85 euros de gastos na economia local por cada visitante não residente no concelho”.
Próxima edição com lotação limitada
No início de Novembro, a organização do festival, que no próximo ano se realiza de 8 a 11 de Agosto, anunciou uma redução da lotação do evento para 35 mil pessoas, “para proporcionar ao público e à aldeia a melhor experiência possível”, disse o director artístico, Luís Ferreira.
A limitação prende-se, explicou Luís Ferreira, “com a genética do festival que pretende potenciar uma vivência diferente, quer para o público quer para a própria aldeia”, e se recusa a “seguir pelo caminho que normalmente segue a indústria criativa tornando-se um evento massificado”.
Bilhetes já à venda para edição de 2019
A cumprir a sua 10.ª edição, o festival antecipa também este ano o arranque da venda dos bilhetes que, todos os anos, são disponibilizados por várias fases, ao longo das quais o preço aumenta.
A primeira fase, com o passe de quatro dias a 30 euros, vai decorrer até ao dia 31 de Dezembro. A segunda fase decorre de Janeiro a Março, com os passes a 35 euros. Na terceira, de Abril a Julho, os passes custarão 45 euros e, daí para a frente, até à data do festival, o preço subirá para 50 euros.