Convento de Cristo vai ter obras de conservação e acessibilidade melhorada
Monumento de Tomar assinalou no dia 13 de Dezembro os 35 anos de classificação como Património Mundial.
O Convento de Cristo, em Tomar, vai ser alvo de algumas intervenções, nomeadamente na melhoria da acessibilidade e da recepção de visitantes, mas também em conservação, disse à agência Lusa a sua directora. Andreia Galvão afirmou que “há vários projectos em andamento”, como o que permitirá fazer a “limpeza e conservação da fachada da igreja manuelina (onde se inclui a Janela do Capítulo), em todos os panos”, numa intervenção que abrangerá os vitrais e que se encontra em concurso.
Em “processo de andamento” para candidatura a financiamento está a entrada no lado Norte, na construção filipina, para criação de acessibilidade, a todos os pisos desse monumento Património da Humanidade, para pessoas com cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé, a par da criação de um novo acesso no Paço do Infante, que disponibilizará uma entrada alternativa, acrescentou.
No âmbito do esforço de melhoria do “conforto e receptividade ao público”, deve igualmente ficar pronto no próximo ano um percurso acessível para pessoas com deficiência e com dificuldades de locomoção, sinalizado e identificado com passadeiras, resultante de uma candidatura da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC, que tutela o monumento) ao programa Inclusão.
O Convento de Cristo assinalou no dia 13 de Dezembro os 35 anos de classificação como Património Mundial com um seminário em que foram abordadas questões como a importância da classificação pela UNESCO, a reabilitação e restauro, a segurança e os contributos para a conservação e valorização do Claustro da Micha.
Andreia Galvão, que por motivos de saúde não esteve na sessão, disse à Lusa que é um “orgulho” ter este monumento aberto ao público, reafirmando a “esperança” de que partes actualmente encerradas, como a ala filipina ou a alcáçova, possam tornar-se visitáveis, permitindo a criação de novos percursos.
No próximo ano deverá ser montada mais uma exposição do projeto que pretende “expor em contexto” a colecção “escondida” e a “precisar de ser mostrada”, existente no Convento, num processo sustentado sempre em trabalhos de investigação, salientou.