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Quando vamos a um restaurante para gastar e nos enxotam como moscas

Há alguns, poucos, restaurantes dignos desse nome, honra seja feita a quem os dirige, aqui no Ribatejo. A grande maioria, no entanto, apesar de ostentar a designação de restaurante e ter sido baptizada com nomes pomposos, não passa da classe de tasca, com a carga negativa que isso implica.
São lugares desconfortáveis e pouco limpos, com televisões com o som no máximo a debitar crimes e discussões futebolísticas, que servem péssima comida, embora por vezes em quantidades industriais, com um atendimento desleixado e ostensivamente hostil a quem não é cliente habitual. A carapuça que a enfie quem quiser, embora as dezenas de comentários no Facebook levem qualquer um a acreditar que aquilo é super-excelente e se não tem estrelas Michelin é por mera ignorância de quem as atribui.
Perante este cenário a escolha não é muita mas a coisa pode agravar-se a um domingo, por exemplo, quando a clientela aumenta e o pessoal, habituado a fazer pouco, se vê confrontado com uma enchente. Nessa altura quem entra é ignorado por completo, na esperança que desapareça. Se quem entrou e espera consegue, por acaso, ser ouvido à terceira ou quarta tentativa, tem como resposta um olhar alucinado e zangado e um áspero “Está tudo cheio, não vê...” que só não é acompanhado por um pontapé no cu porque quem responde só se lembra disso algum tempo depois.
Rui Ricardo

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