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Um crematório em cada aldeia  e lugarejo é que era mesmo, mesmo bom!

Houve o tempo de um pavilhão em cada aldeia. Depois ainda se tentou a política de uma piscina em cada aldeia mas a coisa acabou por meter água e só ficaram três ou quatro para amostra. E eis-nos no princípio de uma nova Era que nos há-de conduzir até ao objectivo final de...um crematório em cada aldeia.
Nesta altura, fruto da visão abrangente de regionalistas como o presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, e de descentralizadores como o presidente da Câmara de Santarém e de empreendedores como o presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria, há três crematórios em construção num raio de cinquenta quilómetros e outros mais deverão surgir em breve se esta política de proximidade, digamos assim, se mantiver.
Há que poupar os mortos e famílias a grandes deslocações. Se em Santarém há autarcas a reclamar porque a capela mortuária da cidade vai ficar a três ou quatro quilómetros do cemitério, o que dizer dos sete quilómetros entre Almeirim e Santarém ou dos quase cinquenta quilómetros entre Santarém e Entroncamento, uma distância quase maior do que ir de Santarém...ao céu, por exemplo?
Os nossos autarcas não se poupam a esforços para gastar da melhor maneira o nosso dinheiro. E não se poupam porque pensam no conforto de eleitores vivos e defuntos. O sistema de um cemitério em cada aldeia ou lugar, e até um em cada bairro, é uma prova das maravilhas da política de proximidade. Portugal é o oitavo país mais envelhecido do mundo. Há mais óbitos que nascimentos e vai ser cada vez mais assim. Se fecharam maternidades por causa disso quem vai contestar a abertura de crematórios, logo agora que os cemitérios já começam a estar cheios?
Rui Ricardo

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