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Aterro de Azambuja sob investigação
População tem contestado a forma como está a funcionar o aterro de Azambuja

Aterro de Azambuja sob investigação

A proliferação de aves e os maus cheiros provenientes do local estão a ser investigados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que também vai averiguar as condições em que é feita a deposição de resíduos contendo amianto.


A actividade no aterro de Azambuja, gerido pela Triaza, está a ser investigada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, depois de o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS), ter pedido mais fiscalização. A autoridade regional deslocou-se ao aterro na quarta-feira, 18 de Dezembro.
Luís de Sousa diz em comunicado que tanto os serviços municipais como a comissão criada para acompanhar a actividade do aterro, composta por eleitos municipais representantes de várias forças políticas, o têm feito nas condições possíveis, mas avisa que “a competência de fiscalizar o que a empresa Triaza deposita no aterro é da CCDR-LVT, bem como do organismo responsável pela área ambiental, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.
Preocupado com as queixas da população nas últimas semanas, Luís de Sousa garante que se forem encontradas irregularidades vai exigir o encerramento imediato da actividade.
Além do perigo de propagação de doenças devido ao aterro estar a cerca de 300 metros de habitações as aves podem ajudar a “disseminar substâncias em degradação pelos terrenos à volta”, avisa o ambientalista da Zero, Rui Berkemeier. Em causa, recorde-se, está também a deposição de resíduos com amianto na mesma célula que recebe resíduos biodegradáveis, o que pode facilmente originar a ruptura dos invólucros que selam os materiais com amianto e contaminar o ar e solo com as fibras, que são potencialmente cancerígenas.

População quer ponto final no aterro
Está a decorrer no concelho de Azambuja uma recolha de assinaturas defendendo o encerramento do aterro. Os autores da petição, que também está disponível online no portal Petição Pública, não aceitam ter um aterro a céu aberto às portas da vila e querem o seu encerramento para salvaguarda da qualidade de vida, saúde e bem-estar dos que ali residem. A poucas horas do fecho desta edição a petição online já contava com quase setecentas assinaturas.

Queixas chegam à Assembleia da República
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda reagiu às queixas da população e questionou o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre as condições em que o amianto está a ser depositado naquele aterro.
Também a concelhia do PSD de Azambuja reagiu num comunicado, dividido em 10 pontos, defendendo o encerramento do aterro e comprometendo-se a “apurar todas as responsabilidades até às últimas consequências”.
“O PSD tem vindo sistematicamente a denunciar este crime ambiental que está a ser cometido aos olhos de todos”, onde já não está apenas em causa a legalidade do licenciamento do aterro, processo que está a ser investigado pela Polícia Judiciária, mas as “condições de ilegalidade em que está a funcionar”.

Aterro de Azambuja sob investigação

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