Idosos de lares da região levaram a vacina da gripe com semanas de atraso
Ruptura de stock esteve na origem da situação que afectou muitos lares do distrito de Santarém. Lezíria do Tejo já foi abastecida e a região do Médio Tejo está a ser.
A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo admitiu que houve uma ruptura de stock da primeira tranche de vacinas contra a gripe, há três semanas, tendo a mesma esgotado a nível nacional.
Em resposta a questões da Lusa, na sequência de uma pergunta entregue pelo PSD na Assembleia da República sobre a falta de vacinas em lares de idosos de concelhos do distrito de Santarém, fonte da ARSLVT confirmou a ruptura de stock. Esclareceu ainda, na sexta-feira, 13 de Dezembro, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) procedeu à aquisição de uma segunda tranche de vacinas, entretanto já recebidas, tendo a região da Lezíria do Tejo já sido abastecida e a região do Médio Tejo começado a receber.
A ARS deu ainda conta de que mais vacinas seriam entregues essa sexta-feira na região do Médio Tejo, sendo distribuídas conforme solicitação e especialmente direccionadas para os lares de idosos, onde as mesmas estavam em falta.
Segundo o PSD, milhares de idosos do distrito de Santarém estavam sem vacina contra a gripe a meio da passada semana. “Os idosos de pelo menos mais de metade dos 21 concelhos do distrito de Santarém não tiveram ainda acesso à vacina contra a gripe que a própria Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que seja dada prioritariamente aos maiores de 65 anos logo a partir de Outubro. Ora, é precisamente esse grupo prioritário que foi esquecido pelo Ministério da Saúde, enquanto outros grupos menos fragilizados já foram vacinados”, pode ler-se na introdução da pergunta parlamentar.
No documento, assinado pelos deputados Duarte Marques, Isaura Morais, João Moura, Ricardo Baptista Leite, Álvaro Almeida, Alberto Machado, é referido que na quinta-feira, 12 de Dezembro, diversos lares de idosos em concelhos como Abrantes, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha (todos na região do Médio Tejo), Rio Maior, Almeirim, Santarém e Salvaterra de Magos (na Lezíria do Tejo) não tinham ainda vacinas para todos os seus utentes.