Concelhia do PS de Azambuja nunca teve tantas mulheres
Na estrutura liderada por Silvino Lúcio quase metade são mulheres. Um sinal de que as militantes estão a ganhar espaço no partido, referiu o presidente durante a tomada de posse da concelhia das mulheres socialistas.
O presidente da concelhia do PS de Azambuja, Silvino Lúcio, diz que as mulheres fazem a diferença dentro das estruturas partidárias pela sua ponderação e dinamismo, salientando que o Partido Socialista tem sido um exemplo na diminuição das desigualdades de género na política. O também vereador na Câmara de Azambuja falava durante a tomada de posse das secções de Alcoentre e Manique do Intendente e da primeira concelhia das mulheres socialistas, que se realizou na Casa do Povo de Aveiras de Cima, na noite de sexta-feira, 21 de Fevereiro.
A concelhia do PS de Azambuja toma posse a 6 de Março, mas o seu líder, Silvino Lúcio, quis divulgar a novidade durante o seu discurso. Este é o resultado da aplicação de uma quota de género de 40 por cento imposta pelo partido, mas esta é também a concelhia mais feminina de sempre, onde 47 por cento do total dos eleitos são mulheres.
Silvino Lúcio tentou, desta forma, acalmar os ânimos dentro do partido, depois de, na apresentação da lista única da primeira concelhia de mulheres socialistas, ter afirmado que já existe uma estrutura concelhia onde estão representados ambos os géneros. Desta vez, também o socialista e presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, optou por um discurso contido, onde referiu que não tem nada contra as mulheres estarem na política. “Por vezes somos mal compreendidos e, por isso, não vou falar nas mulheres”, afirmou, virando o discurso para a importância de fazer crescer o partido e ganhar o maior número de juntas de freguesia nas autárquicas de 2021.
A presidente da nova concelhia recém-empossada, Inês Louro, voltou a vincar que esta estrutura é um mal necessário e um marco histórico para o partido ao nível concelhio. “Não pretendemos trabalhar em concorrência com nenhuma estrutura partidária que já exista. Não somos melhores nem piores, somos diferentes. E o que pretendemos é humanizar decisões e ter cada vez mais uma sociedade justa e igualitária”, afirmou.