Paulo Queimado sente-se “defraudado” com o tema da Colónia Balnear da Nazaré
Presidente da Câmara da Chamusca volta a dizer que este é um “não assunto” e que se tudo tivesse sido feito como propôs o “problema” estava resolvido.
O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, diz que se sente “defraudado” com o tema da Colónia Balnear da Nazaré, propriedade da Associação de Municípios do Vale do Tejo (AMVT), também presidida pelo autarca da Chamusca. Queimado diz que se tudo tivesse sido feito como defendeu “o problema estava já resolvido”. O responsável propôs serem feitas pequenas obras de requalificação do espaço, mas os presidentes das restantes autarquias defendiam um projecto que Queimado considerou “não exequível”.
O tema volta agora outra vez à ribalta depois dos fiscais terem passado no local, a meio de Dezembro, e terem informado a Câmara da Nazaré que não é visível do exterior o que foi feito, pelo que não é possível verificar o cumprimento da totalidade das obras impostas por essa autarquia durante o ano passado.
A AMVT tem agora que voltar a mostrar as obras exigidas pela Câmara da Nazaré, para preservar o edifício, caso contrário a autarquia toma posse administrativa do imóvel degradado. Esta é a segunda vez que a Câmara da Nazaré avisa os autarcas do distrito de Santarém.
A situação acontece agora, numa altura em que os autarcas do distrito de Santarém resolveram reunir na Nazaré como fazem pelo menos uma vez durante o ano.
O prazo dado pela autarquia nazarena para novas obras, era até 5 de Fevereiro, mas já foi claramente ultrapassado.
Depois de assumir que afinal se trata de um “problema” Queimado recordou durante a última reunião de câmara, no dia 18 de Fevereiro, que andaram “dois anos com projectos que não eram exequíveis” e colocou-se de lado o projecto de requalificar apenas a colónia balnear.
Paulo Queimado respondia à questão levantada pela vereadora da oposição Gisela Matias (CDU), que ficou deliberado na última reunião da AMVT, que o projecto do hotel vai mesmo avançar. “Neste momento estamos a aguardar um estudo de impacto financeiro, mas não serão feitas pequenas obras de requalificação dado que o projecto do hotel irá mesmo avançar”, adiantou.
De recordar que tal como O MIRANTE noticiou recentemente, a Câmara da Nazaré exigiu, além de medidas para impedir o acesso ao edifício, a colocação de caixilharias nos vãos e reparação da cobertura. Deu 60 dias para iniciar a obra, prazo que já passou há muito, e um prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos, o que também já foi excedido. “Não vamos fazer pequenas requalificações agora para daqui por uns meses serem partidas para se avançar para o projecto do hotel”, respondeu Paulo Queimado.