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Autarcas e população não querem oleoduto a passar em Vila Franca de Xira
Alberto Mesquita diz que o oleoduto a passar dentro das cidades e vilas do seu concelho não será interessante para as populações

Autarcas e população não querem oleoduto a passar em Vila Franca de Xira

Caso avance a decisão de usar o desactivado canal do Alviela como oleoduto de abastecimento ao aeroporto de Lisboa vão começar a passar milhões de litros de combustível junto a habitações do Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria.

A população e vários autarcas estão a começar a mobilizar-se contra a intenção do Governo em construir, até 2021, um novo oleoduto de abastecimento ao aeroporto de Lisboa que, tudo indica, irá passar por Vila Franca de Xira através do desactivado canal do Alviela, antiga conduta da EPAL que abastecia a capital de água.
A solução não agrada porque isso ditará a passagem de milhões de litros de combustível Jet A1 pelo interior das malhas urbanas de Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria, duas localidades onde residem mais de 40 mil habitantes. “Não vamos estar a dormir em cima de combustível, isso é perigoso, a conduta do Alviela sempre transportou água, não é suposto passar a transportar combustível. Isso vai ter imensos impactos para o ambiente e a saúde das populações e por isso estamos frontalmente contra”, refere a O MIRANTE Cristina Nunes, moradora da Póvoa de Santa Iria que está a mobilizar uma petição online contra o oleoduto.
O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), também avisa o Governo para ter calma porque “já passam acessibilidades a mais” em Vila Franca de Xira e diz mesmo que o melhor era o seu concelho começar a preparar-se para cobrar portagens por todas as acessibilidades que tem de ceder a Lisboa.
“A passagem do oleoduto no nosso território não será uma coisa interessante”, avisa o autarca. E diz mesmo que deverá haver técnicas que tranquilizem a comunidade e os autarcas face aos riscos inerentes de uma estrutura deste tipo. “Se pudesse passar mais ao lado era bom. Teremos de ver como esta situação irá evoluir”, avisa.

Oleoduto vai ligar Aveiras de Cima a Lisboa
Em causa está o transporte de combustível destinado exclusivamente a aviação, entre o parque da Companhia Logística de Combustíveis (CLC) em Aveiras de Cima (Azambuja) e o aeroporto de Lisboa.
O anúncio da obra de criação e adaptação de um oleoduto para abastecer o aeroporto de Lisboa foi feito em Maio de 2019 pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática, Matos Fernandes, que explicou a intenção de usar a conduta do Alviela que atravessa o concelho de Vila Franca de Xira.
O concurso para construir e explorar o oleoduto foi lançado na última semana, dando aos interessados 30 dias para avançarem com candidaturas ao projecto de ligação já apresentado pelo Governo. O oleoduto, espera o Governo, será para ficar concluído até ao final do primeiro semestre de 2021 representando um investimento de 40 milhões de euros por parte de entidades privadas que o vão construir e explorar.
Ainda segundo o ministro a CLC – companhia controlada pela Galp – já terá manifestado a sua intenção de construir e explorar essa infra-estrutura.

Autarcas e população não querem oleoduto a passar em Vila Franca de Xira

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