É preciso combater a violência e promover o respeito e os afectos nas relações pessoais, sociais e profissionais. A ideia foi defendida pelo presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS), durante a assinatura do protocolo de adesão ao movimento Cidade dos Afectos, na tarde de 20 de Fevereiro, com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo e a respectiva unidade de saúde pública.
Azambuja torna-se, com esta formalização, o 19º município a aderir ao movimento, criado em 2014, que pretende apoiar iniciativas que tragam para a vida diária dos cidadãos o afecto como mecanismo fundamental para a tolerância e coesão social.
O delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e um dos fundadores do movimento, Mário Durval, destacou na cerimónia que “os afectos são a melhor resposta para os problemas” do dia-a-dia, além de serem um aliado na melhoria da saúde e qualidade de vida. “Sendo produtores de hormonas no nosso organismo, como a oxitocina e serotonina, ajudam-nos a sentir bem-estar e consequentemente melhoram a nossa saúde. Não é por acaso que foram pessoas ligadas à área da saúde a começar este projecto”, referiu.
Também presente na cerimónia, a directora executiva do ACES de Lisboa e Vale do Tejo, Sofia Theriaga, lembrou que “só a família não é suficiente” para ensinar e distribuir afectos. “Tem de existir em todos os meios onde estamos inseridos. É importante mostrar que nos conseguimos relacionar institucionalmente e que nessas relações há afectividade”, frisou.
O município de Azambuja iniciou a sua caminhada pelo afecto antes da adesão ao movimento, por ocasião do Dia Mundial dos Afectos assinalado a 11 de Fevereiro. A iniciativa consistiu em colocar cerca de mil postais nas escolas e serviços públicos do município que cada um podia personalizar e dirigir a quem quisesse.