A Igreja de São Vicente, em Abrantes, vai ser alvo de nova intervenção de restauro que vai incidir em dois altares da nave lateral e ainda na conservação e restauro da pintura mural existente nas abóbadas da nave lateral e das capelas da cabeceira. O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, e o representante da Nova Conservação – Restauro e Conservação do Património Artístico-Cultural, S.A, Nuno Proença de Almeida, assinaram no dia 14 de Fevereiro o auto de consignação com vista ao início dos trabalhos.
A empreitada vai ter um prazo de execução de 180 dias com um investimento de 120.748 euros mais IVA, financiado em 85% pela União Europeia. Os restantes 15% vão ser divididos pela Câmara de Abrantes e pela Direcção-Geral de Património Cultural (DGPC).
Manuel Valamatos disse que o município acompanha as necessárias requalificações a efectuar no património e, depois de uma primeira fase com uma candidatura que permitiu o arranjo exterior da Igreja de São Vicente, foi possível avançar agora para a segunda fase de intervenção interior, nos dois altares.
A primeira acção decorreu em 2017 com a beneficiação exterior da Igreja de S. Vicente que incluiu obras exteriores de cobertura, consolidação da abóbada, fornecimento de janelas em madeira, restauro de vitrais e pinturas exteriores. No âmbito da mesma intervenção foram executados ainda os trabalhos de arranjos exteriores cuja responsabilidade foi da Câmara de Abrantes.
O padre António Castanheira falou em momento de “esperança” e lembrou a importância da requalificação de um lugar de “espiritualidade” que é, também, um espaço de cultura. A igreja de São Vicente foi fundada em 1149 depois da tomada do castelo de Abrantes por D. Afonso Henriques. Em 1179, depois de um cerco do exército mouro que arrasou a vila, o templo, que era sede de paróquia, seria reconstruído.