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Uma médica dentista apaixonada por arquitectura
Cristina Fonseca abriu a Templimedis na cidade de Tomar em 2006

Uma médica dentista apaixonada por arquitectura

Em criança Cristina Fonseca sonhava ser cientista, arqueóloga e veterinária. Quando chegou a hora de escolher optou pelo curso de medicina dentária, mas ainda pensou em estudar arquitectura, uma das suas paixões. Uma visita ao dentista para tratar de um dente tirou-lhe as dúvidas sobre a via a seguir. Em 2006 fundou a Templimedis, em Tomar, que conta com várias especialidades. A maior gratificação é quando consegue tirar a dor ao seu paciente.

Cristina Fonseca é médica dentista mas esteve quase para ser arquitecta. A paixão por desenhar, sobretudo casas e móveis, fê-la hesitar mas uma coincidência da vida levou-a a continuar o curso. A jovem estudante, que frequentava a Faculdade de Medicina Dentária do Porto, precisava de tratar um dente e uma amiga aconselhou-a um médico seu familiar. Durante a consulta o médico convidou-a para o ajudar na sua clínica. “Ele era professor e tinha feito uma especialização na Dinamarca, onde as técnicas são mais avançadas. Com ele aprendi tudo enquanto estava a tirar o curso. Dava-lhe assistência, via como as coisas se fazem. Aprendi muito. Sinto que foi um segundo curso que tirei”, explica a médica dentista, de 51 anos.
Cristina Fonseca nasceu em Moçambique e veio para Portugal com dez anos. Viveu no Algarve, de onde a sua mãe é natural, e mais tarde em Vila Nova de Gaia. No final do curso pretendia ficar no Porto, uma cidade que adora, mas nessa altura o mercado estava saturado de médicos dentistas. Os seus pais, que estavam a viver em Ourém, falaram-lhe de uma clínica em Tomar que estava a pedir médicos da sua área. Foi à entrevista e começou a trabalhar. “Nesta zona havia muita falta de médicos dentistas. Tive logo um grande volume de trabalho. Trabalhei em Tomar, Fátima e Lisboa”, recorda a O MIRANTE.
Em 1996 criou a sua própria clínica em Tomar com apenas dois gabinetes. Nessa altura, conta, trabalhava das nove da manhã à meia-noite. Só não trabalhava aos fins-de-semana. Mais tarde surgiu a oportunidade de comprar uma loja em obras e Cristina Fonseca fez o projecto de raiz. A Templimedis abriu em 2006, em Tomar, com vários gabinetes. Grandes e com muita luz como gosta.
Entretanto aumentou as especialidades. Ortodontia; Imuno-alergologia; Podologia; Psiquiatria; Otorrinolaringologia; Pedopsiquiatria; Endocrinologia; Pediatria; Ginecologia; Obstetrícia/Ginecologia; Reumatologia; Psicologia; Terapia da Fala; Pneumologia; Angiologia/Cirurgia Vascular; Osteopatia/Fisioterapia; Urologia; Clínica Geral e Dermatologia são as especialidades disponíveis na clínica.
Considera que a qualidade da equipa médica de uma clínica é muito importante mas o mais importante é a pessoa gostar do serviço que lhe é prestado. “As pessoas ligam é ao que os amigos ou a família lhes dizem. Se o cliente gostou do serviço vai recomendar a outra pessoa e é assim que funciona o sucesso de qualquer clínica ou empresa”, afirma. Diz que o mais difícil na sua profissão é manter-se actualizada com as novidades. De dois em dois meses faz cursos de formação para estar sempre por dentro do que é mais inovador.
Cristina Fonseca afirma, em jeito de brincadeira, que com a Internet passou a ter que ‘discutir’ com os colegas do Google. Os pacientes vão à net e já dizem quais são os tratamentos que precisam e qual é o seu problema. “A questão é que esquecem-se que é o médico que faz o diagnóstico. Quando dizem que viram na net começo logo a rir-me. Muitas vezes brinco com a situação porque o médico é que tem que avaliar o que se passa”, sublinha.
As pessoas continuam a ter medo da cadeira do dentista mas a médica faz tudo para que isso não aconteça no seu consultório. Os pacientes confiam no seu trabalho e esse é o segredo para tudo correr bem. “O mais gratificante é quando no final de um tratamento consigo tirar a dor que estava a afligir o paciente. Isso é o melhor reconhecimento do meu trabalho”, afirma. Cristina Fonseca lamenta que os portugueses não dêem a devida importância à saúde oral e também à saúde em geral. “Se não cuidarmos da boca podemos ter implicações noutros órgãos do nosso corpo”, alerta.
A médica tem dois filhos, de 20 e 16 anos. Nos tempos livres adora praticar vários tipos de desportos e diz-se viciada em ski. Adora organizar as suas próprias viagens, chegar lá, alugar um carro e partir à descoberta. Islândia e Peru foram os países que mais gostou de conhecer.

Uma médica dentista apaixonada por arquitectura

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