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Antes de punir Câmara de VFX ajuda trabalhadores que consomem álcool
Instauração de processos disciplinares é baixa no município liderado por Alberto Mesquita

Antes de punir Câmara de VFX ajuda trabalhadores que consomem álcool

Para dar o exemplo, os políticos estão abrangidos pelo novo Regulamento de Prevenção e Controlo do Consumo de Bebidas Alcoólicas, que já está em vigor e que encara o consumo como um problema de saúde.


O mais fácil é punir, mas não é por essa via que a Câmara de Vila Franca de Xira quer controlar o consumo excessivo de álcool no trabalho. O município tem uma postura de ajudar os que são apanhados no balão quando estão em serviço, proporcionando tratamentos, acompanhamento e reabilitação, em articulação com a medicina no trabalho. A novidade é avançada a O MIRANTE pelo município e decorre da aprovação do novo Regulamento de Prevenção e Controlo do Consumo de Bebidas Alcoólicas.
A câmara encara o consumo do álcool como um problema de saúde. Com uma regulamentação abrangente, e que procura deixar abertas soluções, a intenção da autarquia vai também para a promoção de estilos de vida mais saudáveis e para o apoio e orientação de trabalhadores que registem este tipo de problemas. Quem exerce funções nos vários serviços da câmara e nos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento está proibido de ingerir bebidas alcoólicas antes ou durante o serviço. O compromisso abrange todo o tipo de trabalhadores, sejam do quadro ou com contrato a termo certo, prestadores de serviços em regime de avença ou tarefa, dirigentes, políticos e os que exercem funções nos gabinetes de apoio.
Os processos disciplinares são sempre o último recurso para acabar com um problema, numa perspectiva de encontrar soluções para os trabalhadores. Antes de se avançar com punições o município ajuda a pessoa a adoptar outro comportamento. É por isso também que o número de processos instaurados na globalidade e não apenas nos casos de alcoolismo, é baixo. Desde 2015 que a média anual, num universo de 1.200 trabalhadores, é de cinco processos disciplinares.
O regulamento, concertado com os sindicatos, prevê sorteios informatizados, todos os meses, de trabalhadores que serão submetidos ao controlo, em dias aleatórios. Os sorteios indicam oito trabalhadores, dos quais quatro são suplentes. Quem quiser pode fazer o teste voluntariamente. O valor máximo permitido é de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue (g/l) e para trabalhadores com tarefas de maior risco, como condução de máquinas, o máximo é de 0,2 g/l.
“O consumo excessivo de álcool constitui um problema para uma percentagem significativa da população activa. As estatísticas sugerem que cinco a 20 por cento dos trabalhadores sofrem, ou correm o risco de vir a sofrer, de dependência do álcool”, explica o município. O alcoolismo tem consequências nas relações sociais e na sinistralidade. No trabalho afecta as relações interpessoais, promove o absentismo, conduz à quebra de produtividade e à ocorrência de acidentes graves ou mortais. “Trata-se de um problema de saúde, sendo de extrema importância o enfoque dirigido a estas pessoas que se encontram no activo”, conclui o município.

Antes de punir Câmara de VFX ajuda trabalhadores que consomem álcool

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