A Santa Casa da Misericórdia da Chamusca está a reestruturar a valência de apoio à infância e acabou com o serviço pré-escolar, que passa a ser assumido pelo jardim-de-infância público, da responsabilidade da câmara municipal. As mudanças implicam também a extinção de quatro postos de trabalho, duas auxiliares de educação e duas educadoras de infância, sendo que uma delas é a directora. Esta valência, designada de “O Coelhinho”, vai continuar com os serviços de berçário e creche.
O provedor da Misericórdia, em declarações a O MIRANTE, explica que a valência não estava a ser sustentável financeiramente, sobretudo devido ao decréscimo de utentes no pré-escolar (jardim-de-infância, que passou de 23 utentes para 14. Nuno Castelão realça que não faz sentido a instituição manter um serviço que também é assegurado pelo município que tem capacidade para receber estas crianças, nem estar a oferecer uma resposta social que é concorrente.
Nuno Castelão salienta que não é viável manter 14 alunos numa sala e que no âmbito da reestruturação há necessidade de readaptar os recursos humanos. A misericórdia elaborou diversos critérios para a extinção dos postos de trabalho, entre antiguidade e custos com os funcionários. As pessoas em causa já foram notificadas da proposta para o despedimento e está a decorrer o prazo para contestação. Relativamente à directora, o provedor explica que a sua dispensa está relacionada com o valor do ordenado inserindo-se no objectivo de redução de custos.
O provedor sublinha que se não houvesse uma alternativa no pré-escolar na vila a instituição teria de fazer um esforço para garantir o serviço à população.