Família de emigrante pede ajuda para trasladar corpo de Angola para Torres Novas
Manuel Sousa faleceu no dia 26 de Fevereiro após sofrer um AVC e um ataque cardíaco. Tinha 68 anos e trabalhava em pedreiras.
O corpo de Manuel Sousa, de Torres Novas, está desde que morreu, a 26 de Fevereiro, retido em Lubango, Angola, onde o emigrante estava a trabalhar há quase três anos, por a família não ter dinheiro para trasladar o corpo para Portugal. A família, entretanto, fez um apelo nas redes sociais e abriu uma conta solidária. O objectivo é angariar dinheiro para pagar as despesas, que ascendem aos 12.428 euros.
Ana de Sousa Miguéns, filha do falecido, admite que a população e amigos estão a associar-se ao gesto. “Tudo o que vier é bem vindo, porque infelizmente os custos vão ser enormes e eu e o meu irmão não conseguimos assumir todas as despesas”, confessa a professora de música.
Manuel Sousa, 68 anos, viúvo, era natural de Torres Novas e trabalhava no sector das pedreiras. Trabalhou durante vários anos como sócio-gerente de uma empresa do ramo das pedreiras em Minde, concelho de Alcanena. Em 2017 emigrou para Angola à procura de melhores condições de vida.
Primeiro foi encarregado da empresa Angostone mas, devido à falta de pagamentos, rescindiu o contrato e mudou para outra empresa, a Plana Sul. Residia sozinho em Lubango e estava a tentar juntar dinheiro para regressar a Portugal. Na sua terra natal era conhecido como uma pessoa sociável e trabalhadora. A vítima deixa dois filhos maiores e quatro netos.
Manuel morreu na noite de 19 de Fevereiro quando estava internado no Hospital Central do Lubango após ter sofrido um AVC e um ataque cardíaco. O emigrante tinha entrado na unidade hospitalar uma semana antes com sintomas de uma pneumonia. A família contactos telefonicamente com Manuel no dia 18 e o emigrante dizia que se sentia bem.