Escola de Vialonga vai para obras duas décadas depois das promessas
Trabalhos esperados há duas décadas vão avançar antes do final do ano e os estudantes deverão começar o ano lectivo em estruturas temporárias que ficarão colocadas na zona do campo de jogos da Escola Básica de 2º e 3º Ciclo de Vialonga.
Os mais de mil alunos da Escola Básica de 2º e 3º Ciclo de Vialonga vão ter aulas em módulos de contentores, que vão ser instalados no campo de jogos da escola enquanto decorrerem as obras de requalificação do edifício, prometidas e aguardadas há muito tempo. Na última reunião do executivo da Câmara de Vila Franca de Xira antes da pausa para as férias de Verão, o executivo aprovou duas propostas sobre o assunto, incluindo o aluguer dos módulos pré-fabricados, telheiros e construção de acessos para albergar os alunos durante as obras. Foi ainda aprovada a autorização prévia para abrir o concurso público para a obra de requalificação da escola que, recorde-se, rondará os 20 milhões de euros, dos quais 17 milhões são provenientes de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), destacou o momento como sendo o pontapé de saída para os trabalhos que vão acabar de vez com aquela que é uma das piores escolas da Área Metropolitana de Lisboa e que há duas décadas é notícia pelos piores motivos. “É um momento muito importante porque demonstra que é possível, juntando municípios e administração central, fazer melhor do que só refilar ou aguardar que as entidades competentes desenvolvam o seu trabalho. Não foi o novo governo nem este executivo que conseguiu isto. Foi muita gente antes de nós que sempre lutou pela nova escola”, afirmou Fernando Paulo Ferreira.
O autarca lembrou que agora o foco se centra na tentativa de recuperar as outras escolas do concelho que precisam de ser requalificadas: EB 2,3 Aristides Sousa Mendes (Póvoa de Santa Iria), Secundária Alves Redol (Vila Franca de Xira), Secundária Romeu Gil (Forte da Casa), Escola Básica do Bom Sucesso (Alverca) e EB 2,3 Soeiro Pereira Gomes (Alhandra).
Todas as forças políticas representadas no executivo mostraram-se satisfeitas com a abertura do concurso público para a obra. Anabela Barata Gomes, da CDU, lembrou também a necessidade da obra vir contemplar espaços para a Orquestra de Vialonga, um projecto educativo daquela escola, mas o presidente do município não assegurou essa possibilidade. “Estamos a trabalhar para melhorar as condições da escola mas também do Centro Comunitário de Vialonga, que continuará a ser a casa da orquestra, visando torná-la numa verdadeira sala de espectáculos e ensaio. Fazer dela uma casa da música, essa é a ideia”, explicou.
A obra possibilitará o alargamento da oferta lectiva, considerando que actualmente apenas existe o ensino secundário na via profissional e passará a existir capacidade para o ensino secundário regular. Serão também adicionadas novas valências como um auditório, um campo de jogos coberto e uma sala de ginástica.