ContraRegra respeita regras mas mantém a união do grupo
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O grupo de teatro ContraRegra, formado há dez anos em Azambuja, resiste aos constrangimentos provocados pela pandemia e em vez de correr o risco de acabar, tem solidificado a sua união.
O grupo de teatro ContraRegra, formado há dez anos em Azambuja, resiste aos constrangimentos provocados pela pandemia e em vez de correr o risco de acabar, tem solidificado a sua união.
Manuela Duarte, encenadora do grupo e também professora de Português na Escola Secundária de Benavente, diz que o actual período tem sido útil para escrever novos trabalhos, discutir textos e tirar dúvidas e sublinha que a amizade e a coesão são mais fortes do que qualquer distanciamento social. O grupo prepara agora a sua estreia, não em palco mas em ensaios online.
A estreia em palco foi em 2010 com a encenação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, no palco da Escola Secundária de Azambuja. A ideia partiu de Manuela Duarte, que ali leccionava na altura e teve apoio de outros professores, entre os quais Anabela Brilha, professora de Francês e de teatro.
“Ensaiámos às escondidas, nas horas disponíveis”, recorda Manuela, que começou a sua ligação ao teatro com o actor José Ananias, natural de Manique do Intendente e falecido em 2007.
A apresentação correu bem e assim nasceram os ContraRegra, que entretanto foram deixando de ser um grupo composto exclusivamente por docentes e que actualmente integram qualquer pessoa desde que goste de teatro.