Sabia que os Jeovás não aceitam transfusões de sangue mesmo que isso implique a sua morte? Agora há quem não queira ser vacinado nem que os seus filhos menores sejam vacinados. Em relação às transfusões dos adultos presumo que prevaleça a vontade deles. Em relação às transfusões em crianças penso que pode haver recurso de médicos ou hospitais para o Ministério Público e que a transfusão seja decidida judicialmente.
Questão diferente é a das vacinas não obrigatórias uma vez que implicam riscos para os que as recusam e para quem com eles possa estar em contacto. Nesses casos eu aceitaria que prevalecesse a vontade dos adultos e que em relação às crianças fosse o Estado, através dos tribunais, a decidir. Fosse como fosse, o acesso de pessoas não vacinadas a serviços públicos ou locais com pessoas susceptíveis de serem contagiadas deveria ser limitado ou proibido. Sei que na prática é difícil fazer isso, sendo a alternativa a vacina obrigatória.
Florentino J. Gomes