Fartinhos das certificações de qualidade
O professor Carlos A. Cupeto num artigo publicado em
O MIRANTE sobre turismo, pôs em palavras aquilo que tenho pensado muitas vezes. Diz ele: “A moda” da certificação já passou. O mercado, leia-se o consumidor, começa a desconfiar dos selos, bandeiras e certificações que tudo lhe garantem. Vejam o importantíssimo setor automóvel e a credível e global marca alemã Volkswagen – compreendem agora ao que me refiro e o porquê do meu cepticismo?”
Eu tenho a mesma ideia e, como cidadão, também estou farto das certificações de qualidade, das medalhas de ouro dadas aos vinhos portugueses em concursos de vinho que se multiplicam como cogumelos ao ponto de haver eu de acreditar que não há nenhum vinho que pague a inscrição num concurso que não acabe por receber uma distinção qualquer e de certos selos de garantia que não nos garantem que o que vamos encontrar seja garantidamente igual ou parecido com o que é anunciado.
Banalizaram-se as distinções e as garantias ao ponto de um dia destes aparecerem empresas a certificar os certificados de qualidade dados por outras empresas. É como as licenciaturas. Antigamente eram sinónimo de saber mas agora o que vale são os mestrados, pós-graduações, doutoramentos e mesmo esses já nem valem muito. Resumindo e concluindo o que eu sinto é que todas estas coisas se transformaram em negócios e quando entramos no ramo dos negócios...
Fernando Fofre