Álvaro Guerra homenageado com busto em Vila Franca de Xira
Homenagem do município por ocasião do 80º aniversário do nascimento do escritor, jornalista e diplomata falecido em 2002.
Um busto de Álvaro Guerra surge agora no fim do passeio ribeirinho, junto à biblioteca municipal de Vila Franca de Xira. O escritor, jornalista e diplomata vilafranquense, falecido em 2002, foi homenageado no sábado, 22 de Outubro, por ocasião dos 80 anos do seu nascimento e do segundo aniversário da Fábrica das Palavras.
O presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), indicou que esta era a altura adequada para a homenagem. “A homenagem pode ser feita em vários momentos e este é importante tendo em conta que a biblioteca assinala dois anos. O Álvaro Guerra é um homem com vários talentos entre os quais a cultura, daí que o busto esteja virado para a biblioteca. Na biblioteca vai haver uma exposição bibliográfica sobre ele e vamos continuar a lembrar Álvaro Guerra, pois é uma figura incontornável da cultura portuguesa e é sempre um factor inspirador recordá-lo”, referiu o autarca, lembrando que o município atribuiu também o nome do escritor a uma escola básica do 1º ciclo em Vila Franca de Xira.
Além do busto de homenagem e da exposição bibliográfica, a biblioteca tem também preparada a exibição do filme “O Mal Amado”, que conta com argumento de Álvaro Guerra e que durante o tempo da ditadura foi proibido.
Alberto Mesquita espera que o busto motive a criação de outras iniciativas para que a memória de Álvaro Guerra não se perca. “A Helena Guerra [viúva de Álvaro Guerra] tem feito alguma doação de peças avulsas, livros, etc... Existe a Fundação Álvaro Guerra, uma entidade onde a Helena Guerra tem feito o possível para que trabalhe no sentido de cultivar a memória de Álvaro Guerra, do seu trabalho, de forma a não se perder o seu percurso literário”, disse.
Helena Guerra agradeceu a homenagem e referiu que com o busto de Álvaro Guerra “cumpre-se um desejo do escritor que fica a olhar para o Tejo”
O ministro da Cultura, Luís de Castro Mendes, não esteve presente, mas deixou uma mensagem a invocar a importância do trabalho de Álvaro Guerra. “Jornalista, diplomata e escritor, deixou sempre uma marca de seriedade por todos os lugares onde passou. São verdadeiras antologias as conversas que romanceou contribuindo para o relato e retrato numa das épocas mais importantes de Portugal”, refere.