Baixas e licenças dificultam recolha do lixo em Vila Franca de Xira
Está a acumular-se lixo nas ilhas ecológicas das principais cidades do concelho. Presidente do município diz que vale a pena reflectir sobre a possibilidade de passar a recolha para a responsabilidade de privados.
A recolha de lixo no concelho de Vila Franca de Xira tem sofrido problemas nos últimos dias fruto de várias baixas por doença e licenças de paternidade dos funcionários municipais adstritos a esse serviço. A situação, afiança o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), vai ficar normalizada em breve mas perante as queixas que ainda vão chegando à câmara relacionadas com problemas na recolha, o autarca levantou, na última semana, a reflexão sobre até que ponto não será vantajoso entregar o serviço a empresas privadas ao invés de serem os serviços municipalizados a tratar do assunto. O problema agravou-se entretanto devido à greve dos trabalhadores da Valorsul.
“Esta última semana toda a gente adoeceu, entre baixas e licenças ficámos sem ninguém e não conseguimos resolver todas as situações. Isto não é razoável, até porque a situação tem estado controlada e apenas houve complicações nos últimos dias. Reconheço que não foram problemas agradáveis”, lamenta Alberto Mesquita.
O presidente do município afiança que a recolha continuará a ser feita com meios próprios do município mas deixou no ar a possibilidade do assunto ir sendo estudado no futuro até porque, notou, com as empresas privadas os funcionários raramente faltam e as viaturas de recolha estão sempre disponíveis. “Às vezes pensamos que os meios internos são melhores e isso pode não ser verdade. Quem sabe não será melhor recorrer externamente a esses serviços, porque fiquei assombrado com o que aconteceu”, lamentou Alberto Mesquita.
O autarca respondia a Nuno Libório, vereador da CDU, que na última reunião de câmara também criticou os problemas na recolha do lixo acumulado nas ilhas ecológicas. Em vários locais de Alverca, Póvoa de Santa Iria, Alhandra e Vila Franca de Xira, em especial nos bairros mais densamente povoados, o lixo acumulado continua a verificar-se com alguma regularidade.
“A câmara devia fazer um levantamento dos pontos de recolha, saber se são suficientes e até estudar novas rotas de recolha do lixo, para que possa haver uma correcta apreciação sobre este problema”, criticou Libório, que não colocou em causa a competência dos trabalhadores municipais.