Jovens de Almeirim absolvidos de oito assaltos na cidade e em Alpiarça
Tribunal considerou que o facto de terem sido encontrados objectos roubados em casa dos arguidos não é suficiente para lhes atribuir a autoria dos crimes de furto.
Os dois jovens de Almeirim acusados de oito assaltos, dos quais sete na cidade e um em Alpiarça, foram absolvidos dos crimes de furto. Não se provou em tribunal que os arguidos, de 25 e 28 anos, estivessem implicados nos assaltos, um deles à mercearia do Albertino, perto da igreja. A única questão que ligava os suspeitos aos assaltos era o facto de os artigos roubados terem sido encontrados nas casas destes durantes buscas da GNR. Mas o colectivo de juízes que julgou o caso justificou na decisão, proferida segunda-feira, que este facto por si só não é suficiente para lhes atribuir a autoria dos crimes.
No mesmo processo, um dos arguidos estava acusado de condução sem carta de condução, tendo sido condenado por este crime, no qual já é reincidente pela quarta vez, em seis meses de prisão. A pena foi suspensa por um ano com a obrigação do arguido não ser apanhado a cometer mais crimes neste período. A juíza presidente do colectivo, na leitura do acórdão, aconselhou os jovens a reflectirem sobre as suas vidas e a terem cuidado, porque da próxima vez que entrem em julgamento “o resultado pode ser diferente”.
Os assaltos em causa ocorreram no final de 2014. Um dos assaltos de que estavam acusados pelo Ministério Publico foi estaleiro da Câmara de Almeirim, de onde levaram ferramentas e máquinas. Estavam também indiciados de furtos em três lojas de chineses em Almeirim de onde furtaram pequenos electrodomésticos e até tachos, panelas e tapetes, roupa, lâmpadas, malas de senhora, televisões, computadores, carretos de pesca, roupa interior de homem e senhora e produtos de cosmética, num total de mais de 15 mil euros em produtos.
Um dos assaltos mais falados em Almeirim foi o da “loja do Albertino”, de onde foram levados sete mil euros em mercearias. Em Alpiarça, o assalto de que estavam acusados foi um café no mercado municipal, de onde foram levados uma televisão, maços de tabaco, 100 euros em moedas e uma máquina de jogos, tudo avaliado em 1600 euros.