
Golegã considera “inaceitável” e “discriminatório” fecho do balcão da Caixa Geral de Depósitos
Banco público pretende também encerrar o balcão no Campo Militar de Santa Margarida, no concelho de Constância, o que motivou também contestação desse município.
O presidente da Câmara da Golegã considera “inaceitável” a “intenção da Caixa Geral de Depósitos de proceder ao encerramento do balcão” do banco naquela vila. Em comunicado, Rui Medinas (PS) afirma ser “insólito, absurdo, discriminatório até” a Golegã, “capital do cavalo”, passar a ser o único concelho do distrito de Santarém a deixar de ter um balcão do banco público.
“Tal situação é inaceitável!”, escreve o autarca, que declara “estranheza” por os clientes daquele balcão ainda não terem recebido qualquer informação quando os funcionários sabem que o encerramento está marcado para 31 de Março, “situação muitíssimo preocupante para todos os clientes e, em particular, para os mais idosos”.
Rui Medinas acrescenta que no final da semana passada pediu uma reunião “com carácter de urgência” ao presidente da Comissão Executiva da CGD, Paulo Macedo, para lhe transmitir a sua “total discordância em relação a tal decisão” e para lhe expor “a realidade do negócio bancário no concelho”, sem que, até ao momento, tenha tido qualquer resposta.
O autarca lembra que a freguesia de Azinhaga perdeu o único balcão bancário que possuía no final de 2016, com o encerramento da delegação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Chamusca, não havendo igualmente qualquer resposta do sistema bancário na freguesia do Pombalinho.
“Face às incertezas do negócio bancário, e atendendo aos factos que são públicos relativamente aos bancos privados a nível nacional, esta situação poderá ter consequências gravosas para os cidadãos, empresas e entidades do concelho da Golegã”, razões que considera “mais do que evidentes” para que considere “inconcebível o encerramento do balcão do banco público na sede do concelho”.
Constância contesta fecho de balcão no Campo Militar
O balcão da Caixa Geral de Depósitos no Campo Militar de Santa Margarida, no concelho de Constância, também deve encerrar no dia 31 de Março, revelou o município, que critica a decisão dessa instituição bancária de capital público.
Após ter conhecimento da situação, “a autarquia fez sentir de imediato a sua discordância com esta situação pelo impacto negativo que a mesma terá na vida das pessoas, tanto dos militares como da população civil que habitualmente utiliza este serviço”, revela a Câmara de Constância em comunicado.
A autarquia reconhece que é premente a reestruturação do único banco público do país mas não concorda que a mesma seja feita “pondo em causa a qualidade do serviço público prestado aos cidadãos, através do encerramento de balcões, da redução de trabalhadores e do horário de atendimento ao público”.
O concelho de Constância tem três freguesias e apenas na sede do concelho existe uma instituição bancária, a Caixa Geral de Depósitos - “uma agência que recentemente viu ameaçado o seu horário de atendimento ao público”, recorda o município. As freguesias de Montalvo e de Santa Margarida da Coutada apenas têm um posto ATM. No interior do Campo Militar de Santa Margarida chegaram a existir duas instituições bancárias entre elas a agência da CGD que agora vê o seu funcionamento colocado em causa.

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