
Municípios da Valnor criticam aumento da tarifa e recusam pagar factura do lixo
Empresa actualizou em mais de 80% o tarifário para 2017 referente à recolha do lixo e deposição em aterro. Situação marcou Assembleia Municipal de Abrantes com autarcas a considerarem injusta e brutal essa medida.
Os 25 municípios associados e clientes da Valnor, entre os quais Abrantes, Sardoal e Mação, decidiram devolver as facturas de Janeiro referentes ao pagamento de recolha de resíduos sólidos por considerarem exorbitante o aumento, de cerca de 84%, da tarifa em 2017. A informação foi dada pela presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), durante a sessão da assembleia municipal realizada no dia 24 de Fevereiro.
“Devolvemos a factura por não considerarmos justo o que está a ser feito”, disse a autarca. Maria do Céu Albuquerque afirmou não poder “aceitar esta tarifa sob pena de estarmos a agravar cada vez mais a qualidade de vida dos cidadãos”, acrescentando sentir-se “enganada” relativamente a este processo.
Os eleitos da assembleia municipal Luís Lourenço (CDU) e Armindo Silveira (BE) voltaram a apontar como causa para essa situação o processo de privatização da EGF - Empresa Geral de Fomento, SA, detentora da maioria do capital da Valnor, entidade que faz a gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos em 25 concelhos dos distritos de Santarém, Castelo Branco e Portalegre.
No mesmo sentido foi a intervenção de Maria do Céu Albuquerque. “Na anterior legislatura houve a proposta de alienação da participação pública da EGF. Os municípios aderentes à Valnor imediatamente publicaram a sua posição contra essa privatização, nomeadamente porque as condições de base que estavam na sua génese não acautelavam os interesses dos municípios aderentes a este sistema”, lembrou a autarca.
A EGF foi vendida e aprovado um regime tarifário que entrou em vigor em 2017. E se Abrantes “em 2010 pagava 28 euros por tonelada, pagou 31,20 euros em 2016 e este ano o município pagará 57,48 euros por tonelada, mais 84%”, o que representa mais meio milhão de euros de custos para o município de Abrantes no sector dos resíduos, segundo as contas da presidente.
Para o dia 7 de Março foi convocada uma assembleia geral da Valnor. O MIRANTE tentou obter junto da Valnor uma posição sobre a recusa no pagamento das facturas por parte dos municípios associados, mas não obteve resposta até à hora do fecho desta edição.

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