Sociedade | 24-03-2023 09:02

Ex-diretor da ESTA de Abrantes vai ser director executivo da Nersant

Ex-diretor da ESTA de Abrantes vai ser director executivo da Nersant
EM ACTUALIZAÇÃO
Luís Ferreira, numa foto de há 12 anos, quando tomou posse como presidente da ESTA

Luís Ferreira é escolha de Domingos Chambel que dizem estar a financiar a associação com dinheiro emprestado da sua conta pessoal por recusar o modelo de gestão que herdou de Maria Salomé Rafael.

Luís Ferreira, que foi professor, e em 2010 presidente da Escola de Comunicação Social de Abrantes ( ESTA), um polo do Instituto Politécnico de Tomar, deverá ser o novo director executivo da Nersant em substituição de António Campos. Luís Ferreira é reformado, já passou a casa dos 70 anos, e segundo se sabe é a escolha de Domingos Chambel para dirigir a Nersant, embora a sua experiência como gestor seja desconhecida para além da experiência como presidente da ESTA. Luís Ferreira irá trabalhar a recibo verde e num horário limitado, devido à sua idade e à vontade de gozar a reforma, disseram a O MIRANTE fontes próximas da direcção. A escolha de Domingos Chambel é coerente com a sua política de gestão da associação desde que tomou posse; “a nova Nersant deve ser gerida pela direcção e não pelos directores executivos, ou por outros funcionários”. Tem sido esta a postura de Chambel que, no entanto, na prática não funciona. O MIRANTE soube que na última reunião de direcção já terá havido discussões que levaram a algumas “faltas de respeito”, e um dos vices da direcção terá pedido a demissão por se considerar enganado pela postura do presidente que não coincide com o que tinha prometido.
Domingos Chambel já estará a financiar com o seu próprio dinheiro o dia a dia da tesouraria da associação, segundo garantiram a O MIRANTE membros da direcção que admitem que só assim é que tem sido possível pagar ordenados a tempo e horas.
Domingos Chambel não concorda com o modelo de gestão que herdou de Maria Salomé Rafael, e tem-se recusado nestes últimos dois anos e meio a pedir financiamentos aos bancos; como ninguém faz omeletes sem ovos, adiantou dinheiro da sua conta para financiar a associação e diz que é assim que quer continuar, garantiram a O MIRANTE fontes próximas da direcção.
Recorde-se que a Nersant tem um património superior a dez milhões de euros, e que já no tempo de José Eduardo Carvalho a associação tinha uma gestão profissional que, agora, parece estar a ser posta em causa por Domingos Chambel e restantes membros directivos.

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