Moradores dos Cotovios reclamam por mais limpeza
Presidente da junta garante que está a fazer todos os possíveis no que toca à manutenção dos espaços exteriores.
Vários moradores dos Cotovios, aldeia da freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, no concelho de Vila Franca de Xira, dizem que a terra está esquecida pelos políticos e pedem intervenções mais regulares que melhorem a qualidade de vida de quem habita no local.
Além da falta de manutenção dos vários espaços verdes, alguns caixotes do lixo estão sempre com bastante lixo acumulado, há candeeiros de iluminação pública avariados e há quase oito dias que não havia multibanco devido a uma avaria. Esta semana o problema ficou entretanto resolvido e os moradores já conseguem levantar dinheiro e realizar outras operações bancárias.
Beatriz Ribeiro, uma das moradoras da localidade, não poupou nas críticas na última sessão da Assembleia de Freguesia de Alhandra e pediu ao presidente, Mário Cantiga (CDU), que tenha uma maior intervenção naquela localidade. “Não consigo esconder o meu descontentamento pela falta de limpeza nos Cotovios. É uma vergonha as ruas que temos. O largo ao pé da mortuária está indecente, o multibanco avariado há oito dias. Isto nunca aconteceu antes”, lamentou.
Outros moradores, escutados no local por O MIRANTE, também se mostraram desagradados. “Sobretudo nos espaços verdes nota-se algum desleixo, é pena, ficamos com a sensação que só vêm cortar as ervas quando nos queixamos. Ficamos tristes por nos vermos aqui abandonados”, lamenta António Moreira, morador. Outra das preocupações dos residentes é a falta de mais horários dos transportes públicos para o local. “Há dias em que só temos duas carreiras, uma de manhã e outra à noite. Não se percebe isso, não vivemos assim tão longe do centro do concelho”, critica Maria Almeida.
O presidente da junta, Mário Cantiga, admite que os moradores possam ter razão no que toca à manutenção dos espaços verdes mas confessa que actualmente, com os meios que a junta dispõe, é difícil fazer melhor. E diz que não pode contratar mais gente devido às restrições orçamentais impostas pelo Governo. Mas garante que tem havido empenho dos trabalhadores em ir resolvendo as situações mais prementes.