Não vou às largadas de toiros porque estou a trabalhar
Gosta da festa do Colete Encarnado e particularmente da cerimónia de homenagem ao campino e das largadas de toiros. Se não participa mais é devido ao aumento do trabalho e primeiro estão os clientes do restaurante.
“Quando posso assisto às largadas mas normalmente estou a trabalhar a essa hora. Não considero que sejam perigosas se as pessoas tomarem as devidas precauções e respeitarem o facto de o toiro ser um animal bravo”, conta.
Elisabete refere que a festa é um acontecimento muito esperado pelos comerciantes, nomeadamente pelo sector da restauração porque há mais movimento e faz-se mais negócio devido aos visitantes.
O restaurante Cabeça de Toiro é um daqueles que não tem mãos a medir para satisfazer a procura e há mais alturas para além do Colete Encarnado ou da Feira de Outubro, em que isso acontece.
“O meu restaurante é uma casa centenária, desde 1908, espero que se mantenha pelo menos por mais cem anos. Vila Franca de Xira tem tido diversas iniciativas para dinamizar a região e a câmara tem contribuído para dinamizar a economia local. A campanha do sável na restauração é um perfeito exemplo disso”, sublinha.
Como cidadã e defensora das tradições sugere que a festa tenha mais espectáculos de folclore, nomeadamente com ranchos folclóricos das freguesias do concelho. Quanto à ideia de mudar os concertos no futuro, da Avenida Pedro Victor para o Parque de Santa Sofia, confessa que é contra.
“Penso que pode ser prejudicial tirar os concertos do centro de Vila Franca de Xira. Deve-se respeitar a tradição do local no coração da cidade. Tirando-os do centro a festa perde a sua identidade”, defende.