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Os primeiros confrades do arroz carolino já foram entronizados
Elementos da Confraria do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas desfilaram pelas ruas de Benavente

Os primeiros confrades do arroz carolino já foram entronizados

Benavente, um dos concelhos do país com maior área de produção de arroz, conta agora com uma nova entidade dedicada à promoção desse produto emblemático do concelho: a Confraria do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas.

Divulgar o receituário e estimular o hábito da degustação do arroz carolino produzido nos terrenos alagadiços das lezírias é a missão da Confraria do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas, que teve no sábado, 9 de Fevereiro, a sua cerimónia de entronização. Com as suas capas e chapéus castanhos, os confrades juraram em uníssono perpetuar e promover o arroz carolino das lezírias ribatejanas, perante uma plateia que juntou dezenas de confrades de onze confrarias do país.
A sessão que decorreu no Cine-Teatro de Benavente deu-se cerca de um ano após a fundação da confraria - 19 de Janeiro de 2018 - e da apresentação do traje oficial na passada edição do Festival do Arroz Carolino, em Benavente. Os confrades foram apadrinhados pela Confraria Gastronómica do Ribatejo e pela Confraria Gastronómica de Almeirim.
Criar uma organização que defendesse a tradição da produção e degustação do arroz carolino nas lezírias nasceu do sonho de João de Matos, confrade fundador, que cresceu no meio de searas de arroz. Num discurso emocionado, João de Matos lembrou a última imagem que guarda do seu avô paterno, com “lama pelos joelhos”, a “puxar uma junta de vacas” que carregavam “um trenó cheio de arroz”. “Sempre gostei de arroz e agora com este sonho tornado realidade tenho um motivo para gostar ainda mais”, referiu.
João de Matos quer, através da confraria, organizar eventos em Lisboa e no Porto onde se possa dar a conhecer o sabor inconfundível do arroz carolino a portugueses e estrangeiros e realizar fins-de-semana gastronómicos em parceria com outras confrarias. “Queremos criar um tipo de turismo que integre uma rota do arroz, por isso estamos a preparar um percurso turístico que inclui uma visita guiada a um campo de arroz, a uma fábrica de transformação, ao museu e que termine com um almoço num restaurante do concelho onde se sirva arroz carolino”, anuncia.
Entre os novos confrades está o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, que aceitou o desafio por “defender um produto que está genuinamente ligado à história” daquele concelho. Sendo “Benavente um dos concelhos do país com maior área de produção de arroz é fundamental preservar este sector primário”, refere o líder do município que sublinha que a confraria nasce de “um movimento natural e espontâneo para a preservação do arroz carolino”.
A confraria elegeu ainda como confrades de honra a empresa Constantinos (Torres Vedras), a Câmara Municipal de Benavente e o chef José Maria Lino - responsável por desenvolver o receituário que tem como ingrediente principal o arroz carolino.
A cerimónia do primeiro capítulo de entronização contou ainda com a presença de Olga Cavaleiro, presidente da Federação das Confrarias, que entende estas organizações como “um instrumento de dinamização do território”. “O grande desafio da Confraria do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas é fazer uma inventariação do património imaterial associado à produção do arroz, inventariar o seu receituário e criar pontes com o resto do país”, sublinhou Olga Cavaleiro, lembrando que Portugal é o país da União Europeia que mais arroz consome.

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